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Entrevistas

Um dia na vida de um Agente Comunitário de Saúde Animal

Disponível em Inglês, Francês, Português e Espanhol

Pequenos agricultores rurais como Lorenzo Rodas Ischalon, do Peru, dependem dos animais de produção para o seu sustento. Foto: Paul Brigham/Tearfund

De: Animais de produção – Passo a Passo 89

A importância dos animais de produção e como tratá-los e manejá-los bem

Entrevistado: Kubo Langatulo Detero Local: Marsabit, Quênia

Entrevistado:  Kubo Langatulo Detero

Local: Marsabit, Quênia

O que o inspirou a se tornar um Agente Comunitário de Saúde Animal (ACSA)?

Como membro de uma comunidade pastoril, percebi que nossos animais estavam sofrendo por causa do acesso limitado aos serviços veterinários. O departamento veterinário está situado em Marsabit, o que significa que os proprietários de animais têm de ir até lá para pedir ao departamento que mande um funcionário. Quando a ajuda chega, muitas vezes, os animais já morreram.

Achei que os serviços veterinários precisavam estar dentro da comunidade para que, quando um animal ficasse doente, ele fosse tratado imediatamente. Isto me inspirou para que eu fizesse o treinamento como ACSA, pois eu acho que a pessoa que trata os animais precisa estar no mesmo local que eles para garantir que o tratamento seja imediato. Tanto a comunidade quanto eu estamos muito contentes salvando animais.

Como ACSA, acho que damos muito à comunidade, tratando os animais, e ao governo, fornecendo relatórios de vigilância de doenças semanais, indo até a sede do distrito à nossa própria custa.

Como é um dia típico para você?

Meu dia geralmente começa às 5 horas da manhã. A primeira coisa que faço é ir ver o meu próprio rebanho, verificar sua saúde e observar o processo de ordenha. O leite é o meu café da manhã!

Às 7 horas, as pessoas que têm animais doentes vêm me procurar. Pego minha bolsa veterinária, que contém pequenas quantidades de todos os medicamentos que eu normalmente uso: antibióticos, medicamentos para carrapatos e pulgas em spray e pó, vermífugos e para tratamento de ferimentos e um kit de castração. Assim que eu chego ao local, faço um exame físico do animal e um diagnóstico antes de receitar o tratamento certo. A receita é dada de acordo com o peso do animal. O peso do animal é calculado medindo-se seu peito, e a dose do medicamento é receitada de acordo com o peso.

Se ninguém vier me ver um dia, pego minha bolsa e vou para o meu quiosque de medicamentos. É lá que eu vendo todos os tratamentos e medicamentos animais básicos. Assim, as pessoas da área podem vir e comprar medicamentos no local e me chamar se houver necessidade.

Quais são os problemas ou doenças comuns que a sua comunidade enfrenta COM seus animais de produção?

As doenças comuns que tratamos são:

  • Vermes
  • Carrapatos
  • Ferimentos
  • Infecções oculares
  • “Kipei” – uma infecção respiratória
  • Pneumonia.

Também vemos doenças que informamos ao departamento veterinário para que eles tomem medidas:

  • Peste dos Pequenos Ruminantes (PPR) – uma doença viral altamente contagiosa e infecciosa de pequenos ruminantes domésticos e selvagens
  • Fascíolas (barata-do-fígado).

Desafios

Os três principais desafios que encontro em meu trabalho são:

  • As pessoas nem sempre pagam quando eu trato seus animais. As pessoas nem sempre têm dinheiro disponível e, se o animal morre, elas frequentemente não querem pagar.
  • Às vezes, sou chamado a locais distantes para tratar animais. Caminho longas distâncias, às vezes, atravessando florestas. O tratamento fornecido pode custar só um centavo de dólar. O tempo e a distância nem sempre são compensados.
  • Acho que os ACSAs deveriam ser legalmente reconhecidos e receber um apoio maior do governo. Às vezes, há doenças como a Mulok (uma fascíola hepática) que precisamos que o Ministério da Pecuária investigue e tome medidas.

Agradecemos a Mbaraka Fazal, que trabalha para a Tearfund, no Quênia, por realizar esta entrevista. Kubo recebeu treinamento da Food for the Hungry. Para obter mais informações sobre o trabalho desta organização, acesse www.fh.org 

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