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Maternidade Segura

Kaswera Vulere. O programa do IPASC (Instituto Pan-Africano de Saúde Comunitária), voltado à promoção de condições seguras durante a gravidez e realizado em Nyankunde, na República Democrática do Congo, expandiu recentemente o seu trabalho nas comunidades locais. As mães se reúnem em grupos pequenos para discutirem os seus problemas e encontrarem as suas próprias soluções, de acordo com a cultura local e os recursos disponíveis na região. Também pretendemos começar alguns debates e encontros ...

1999 Disponível em Inglês, Francês, Espanhol e Português

De: Cuidados de saúde sustentáveis – Passo a Passo 37

Trabalho conjunto para estabelecer prioridades de saúde e melhorar a prestação de serviços de saúde locais

Kaswera Vulere.

O programa do IPASC (Instituto Pan-Africano de Saúde Comunitária), voltado à promoção de condições seguras durante a gravidez e realizado em Nyankunde, na República Democrática do Congo, expandiu recentemente o seu trabalho nas comunidades locais. As mães se reúnem em grupos pequenos para discutirem os seus problemas e encontrarem as suas próprias soluções, de acordo com a cultura local e os recursos disponíveis na região. Também pretendemos começar alguns debates e encontros para mulheres que alcançaram a idade da menopausa, jovens e casais.

Grupo de mulheres em Komanda

Após cada seminário de treinamento no IPASC, as parteiras produzem um plano de ação para melhorar o trabalho que realizam. A parteira do Distrito de Komanda estava preocupada com os riscos tomados pelas mães que davam à luz nas suas próprias casas, sem nenhum apoio médico. Ela conversou sobre isso com as mães que frequentam o programa que temos em Komanda e elas decidiram formar um fundo, onde cada mãe teria que contribuir com um pequeno pagamento mensal. Vinte e cinco mães começaram a participar imediatamente. Dois meses depois, elas escolheram os seus líderes e, posteriormente, formaram um comitê composto por um funcionário do escritório, alguns conselheiros e representantes das mães.

Eles consideraram as seguintes preocupações em várias sessões de treinamento:

  • A maioria das mães não frequentam uma clínica pré-natal.
  • Muitas mães dão à luz em casa, sem qualquer apoio de uma pessoa treinada.
  • As mães que não têm recursos podem precisar urgentemente de atendimento médico.
  • Muitas crianças com menos de cinco anos são anêmicas e desnutridas.

Todos os sistemas de segurança existentes na região estão preocupados simplesmente em enterrar os mortos e não fazem nenhum esforço no sentido de salvar vidas.

O comitê responsabilizou-se em conscientizar as mães daquela região sobre estes problemas. Eles trabalham no sentido de atenderem as necessidades das mães que têm complicações durante o parto e ajudarem as crianças com menos de cinco anos cujas famílias não têm mais condições de prover a sua subsistencia.

O programa ajuda todas as mães em necessidade, mesmo quando não são sócias do grupo. Posteriormente, elas são incentivadas a fazerem parte do grupo, quando melhoram de saúde. A associação paga o transporte das sócias do grupo de qualquer centro de saúde da cidade até ao hospital recomendado, assim como o tratamento médico necessário. O grupo ajuda as mães que passam por complicações durante a gravidez e o parto e também nos casos de anemia, desnutrição e outras doenças infantis graves. No momento, existem 270 sócias, divididas em 13 grupos diferentes, sendo que cada um paga uma contribuição mensal. Duas vezes por semana, as principais sócias visitam as comunidades locais.

Educação

Todas as segundas feiras, as aulas de prénatal e as reuniões com todas as sócias do grupo incluem um estudo bíblico, actividades comunitárias e educação na área da saúde. O programa preparou uma dramatização sobre os riscos de dar à luz em casa, a qual foi gravada e transmitida pelas estações de rádio da região. A dramatização compara duas mulheres. Uma delas tinha uma pélvis estreita e não havia freqüentado as aulas de pré-natal. Ela e o seu bebê acabam falecendo em casa, durante o parto. A segunda mulher, que tem uma placenta hemorrágica, é transferida para um hospital e consegue sobreviver, assim como o seu bebê. Durante as apresentações são cantadas duas canções sobre maternidade segura.

Benefícios

Até ao momento, oito mães precisaram de tratamento hospitalar. Uma delas estava em estado de choque após uma gravidez extra-uterina rompida. O grupo providenciou e pagou o transporte dela e também doou US $3 para ingresso no hospital. Uma outra mulher estava casada há mais de dez anos e ainda não havia concebido. Quando ela ficou grávida, a sua família procurou ter bastante cuidado para que ela não perdesse o bebê. Ao completar 38 semanas de gravidez, ela passou a aguardar o parto em um hospital, evitando riscos. Depois de uma semana, ela precisou de uma cesariana, mas os médicos conseguiram salvar o bebê, pelo qual ela havia esperado há tanto tempo. Essa mãe regressou ao comitê dizendo: ‘Graças a esse programa, o meu querido bebê foi salvo.’

Além das mulheres que precisaram de ser hospitalizadas, foram tratados 60 casos graves com subsídios do comitê do programa.

Situação financeira

Durante esse ano, foram registrados mais de US $400 nos livros de contabilidade. Até ao momento, já foram usados US $200 para ajudar as sócias do grupo, US $3 foram usados em custos administrativos, US $80 foram usados na compra de uma vaca e ainda restam um pouco mais de US $100.

A vaca foi comprada para gerar recursos através da venda de bezerros e leite. Eles também plantaram um campo de soja e está sendo preparado um campo de mandioca, também com o propósito de gerar recursos.

Futuramente, eles desejam criar cabras e terem plantações comunitárias em cada povoado. Eles também querem comprar e instalar um moinho para facilitar o trabalho realizado pelas mães e aumentarem a quantidade de dinheiro investido no fundo.

Kaswera Vulere iniciou esse programa de apoio a mulheres grávidas e de saúde familiar no IPASC, Nyankunde, República Democrática do Congo.

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