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Uma pesquisa sobre crianças no Sri Lanka

Metas do projeto No Sri Lanka, os grupos da organização LEADS fizeram um levantamento escrito junto às crianças em idade escolar. Foram escolhidas crianças de diversas escolas de maneira aleatória (cada quinta criança nas listas de chamada). O levantamento foi feito em uma região conhecida pelo risco de sofrer abusos sexuais. Os pais foram informados sobre o levantamento e as crianças puderam optar por não preencherem os dados caso se sentissem incomodadas. Elas foram informadas que os ...

1999 Disponível em Inglês, Francês, Espanhol e Português

De: Participação de crianças – Passo a Passo 38

Como incentivar as crianças a compartilhar seus pontos de vista e participar das atividades comunitárias

Metas do projeto

No Sri Lanka, os grupos da organização LEADS fizeram um levantamento escrito junto às crianças em idade escolar. Foram escolhidas crianças de diversas escolas de maneira aleatória (cada quinta criança nas listas de chamada). O levantamento foi feito em uma região conhecida pelo risco de sofrer abusos sexuais. Os pais foram informados sobre o levantamento e as crianças puderam optar por não preencherem os dados caso se sentissem incomodadas. Elas foram informadas que os resultados individuais seriam tratados confidencialmente, não sendo revelados aos pais e professores. A maneira como os resultados finais seriam usados também foi explicada.

Depois de várias perguntas referentes às condições sócio-econômicas das crianças, também questionou-se sobre o que elas compreendiam quanto às questões sexuais, HIV/AIDS e a respeito do que elas gostariam de saber mais. As crianças também foram questionadas se realizaram actividades de natureza sexual com outras crianças da mesma idade que elas, com adultos e com adultos em troca de dinheiro. Elas então foram questionadas sobre o que ajudaria as crianças a não se envolverem em actividades sexuais com adultos e o que as ajudariam se já estivessem envolvidas.

Constatações

10% das crianças entre 13 e 17 anos de idade disseram que tinham participado em actividades sexuais. A maioria das crianças achavam que não havia problema em envolverem-se com pessoas da mesma idade que elas mas pensavam que era errado envolverem-se em actividades sexuais com adultos e deram muitas razões para isso. Quando questionadas por que as crianças participavam em actividades sexuais com adultos, 19% delas disseram que era por diversão, 38% por causa do dinheiro, 30% para ganhar dinheiro para as suas famílias e 34% porque eram forçadas. Elas também mencionaram a força, a pobreza, a falta dos pais ou de adultos para tomarem conta delas e a influência da TV, dos filmes e dos jornais populares.

Quando questionadas sobre como as crianças aprendiam sobre sexo, 46% delas disseram que foi através de revistas e vídeos, 32% através de amigos, apenas 10% através dos seus pais e 12% através de professores. Entre elas, 80% tinham ouvido sobre a AIDS (SIDA) mas menos da metade sabiam como a AIDS é transmitida. Apenas 23% delas haviam recebido orientações sobre a gravidez e apenas 12% sobre contracepção. A maioria das crianças queriam aprender mais sobre essas questões.

Resultados

Os resultados permitiram ter uma melhor compreensão do nível de exploração sexual entre crianças da região e ajudaram os professores a definirem que assuntos deveriam ser incluídos nas aulas de educação sexual. Esse levantamento criou uma oportunidade rara para que as crianças expressassem a opinião delas, as quais foram colocadas à disposição dos que podiam tomar decisões – professores, profissionais da área da saúde, assistentes sociais e a polícia.

Conseqüências

  • Os professores foram treinados nas áreas que deveriam ser incluídas nas aulas de educação sexual e a compreenderem as necessidades relacionadas com a proteção de crianças.
  • Foi feito um estudo maior, envolvendo crianças mais velhas.
  • Os resultados e uma compreensão maior sobre a dimensão do problema foram compartilhados com a polícia e as pessoas responsáveis por tomarem decisões.

As respostas dadas às perguntas sobre como as crianças podiam ser ajudadas permitiram que a organização LEADS compreendesse que as crianças geralmente têm as respostas para os nossos problemas, se estivermos preparados para perguntar-lhes.

Informações fornecidas por Tony Senerewatne da LEADS
E-mail:
[email protected]

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