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Defendendo os direitos das crianças

Ruth Alvarado, Diretora da AGAPE, descreve como o foco do seu trabalho mudou. A parceira da Tearfund, a AGAPE, começou a trabalhar inicialmente com crianças abusadas, oferecendo-lhes uma casa segura em Lima. Ao longo de vários anos, os funcionários perceberam que muitas das crianças vinham da mesma parte de Lima: a área favelada conhecida como Huaycán, que possui um alto índice de abuso sexual e maus-tratos. Esta área é o principal caminho dos migrantes que vêm do leste de Lima e é um local ...

2006 Disponível em Inglês, Francês, Português e Espanhol

Revistas Passo a Passo em francês, espanhol, português e inglês, espalhadas sobre uma mesa de madeira

De: Renovação urbana – Passo a Passo 67

Como os moradores de favelas estão transformando suas próprias comunidades

A parceira da Tearfund, a AGAPE, começou a trabalhar inicialmente com crianças abusadas, oferecendo-lhes uma casa segura em Lima. Ao longo de vários anos, os funcionários perceberam que muitas das crianças vinham da mesma parte de Lima: a área favelada conhecida como Huaycán, que possui um alto índice de abuso sexual e maus-tratos. Esta área é o principal caminho dos migrantes que vêm do leste de Lima e é um local em que o antigo movimento guerrilheiro, o Cendero Luminoso, era muito ativo.

A AGAPE agora tem uma base de operações em Huaycán, onde procura prevenir as situações que levam ao abuso. As crianças podem ser abusadas de maneiras diferentes: física, emocional ou sexualmente.

A AGAPE trabalha lado-a-lado com os departamentos municipais e o sistema judiciário. As queixas na justiça para questões familiares que envolvem crianças são gratuitas, e o governo fornece psiquiatras e advogados. Entretanto, por causa da grande demanda, nem todos os casos podem ser ajudados. O trabalho da AGAPE e a sua predisposição para colaborar é valorizada pelos funcionários do governo, cujo trabalho de conscientização e prevenção do abuso infantil ultrapassa a sua capacidade.

A AGAPE oferece uma casa segura, para que as crianças em risco possam ser afastadas das famílias até que seja seguro para elas voltarem para o seu lar. Os funcionários procuram retornar as crianças para seus lares dentro de um ano e, até agora, têm tido um índice de sucesso de 80% na solução de problemas nos lares das próprias crianças. Se as crianças não puderem voltar para seus lares, elas são colocadas em outras famílias para adoção. Todos os tribunais de Lima sabem desta casa segura e, assim, podem encaminhar casos para a AGAPE.

A AGAPE trabalha em escolas locais, oferecendo treinamento regular aos professores e realizando encontros com os pais. Os professores agora estão cientes dos sinais de abuso e podem encaminhar as crianças, se acharem que correm risco. As crianças também são ensinadas a se defenderem do abuso.

A AGAPE oferece treinamento visando a conscientização nas igrejas. Ela possui funcionários maravilhosamente comprometidos e interessados. O trabalho deles é ampliado por uma grande equipe de promotores voluntários, a maioria dos quais são membros de igrejas, treinados pelos funcionários da AGAPE. Eles selecionam e treinam três tipos de promotores:

Promotores familiares Estes oferecem apoio prático e emocional a famílias com dificuldades. Eles geralmente trabalham dentro das igrejas e acompanham casos de abuso.

Promotores legais Seu trabalho é ajudar as mulheres e as crianças na reivindicação dos seus direitos legais. Eles ajudam mães solteiras a protegerem seus direitos e exigirem pensão dos pais na justiça. Elizabeth Soriano tornou-se promotora depois que os funcionários da AGAPE visitaram sua igreja. Ela visita as mães em casa e, assim, está ciente da situação delas. Ela ajudou duas delas a visitar seus lares na floresta, para encontrar as certidões de nascimento de seus filhos, para que pudessem reivindicar seus direitos legais.

Promotores infantis Estes são selecionados entre crianças que freqüentam os clubes infantis organizados pela AGAPE. Os clubes funcionam nos sábados, durante o período escolar, e nas quartas e sextas-feiras, durante as férias escolares. As crianças fazem jogos e aprendem sobre o significado do abuso, geralmente através da dramatização de papéis. Elas aprendem a se defenderem e sobre os direitos que têm como crianças. Aratatipe tem 11 anos e é promotora infantil há dois anos. Ela conversa com crianças nos clubes e na escola, especialmente com aquelas com quem está preoucupada. Elas acham mais fácil vir conversar com ela antes de pedirem ajuda a um adulto.

Ruth Alvarado é a Diretora da AGAPE, Huaycán, Peru. O e-mail deles é: [email protected] 

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