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Artigos

Melhoria da nutrição na Bolívia

2009 Disponível em Inglês, Francês, Português e Espanhol

Foto: Gyanu Kumar Shakya/Share and Care Nepal

De: Segurança alimentar – Passo a Passo 77

Ferramentas e ideias para melhorar a segurança alimentar

Na área montanhosa de Chuquisaca, na região central da Bolívia, as comunidades estão descobrindo os benefícios nutricionais dos legumes. O prato tradicional do povo indígena quéchua era um caldo quente feito de trigo e batatas até que o SETESUR (Seminario Teológico del Sur) iniciou o projeto Yanapanakuna em seis comunidades isoladas. A palavra yanapanakuna significa “vamos nos ajudar” no idioma quéchua.

A subnutrição é um problema sério na Bolívia, especialmente para as crianças e pessoas idosas. Isso se deve à dieta básica de batatas e trigo e à pobreza, que limita a capacidade das pessoas de comprar outros tipos de alimentos. A doença freqüente também contribui para a subnutrição. Cerca de 27 por cento das crianças bolivianas com menos de cinco anos de idade sofrem de subnutrição crônica.

O Yanapanakuna trabalha por três anos em cada comunidade. Depois desse tempo, espera-se que a comunidade continue o trabalho sem a ajuda do SETESUR. O trabalho exato varia de comunidade para comunidade, porém, em todas elas, o trabalho se concentra em:

AGRICULTURA Isso poderia consistir em: treinar promotores comunitários na agricultura orgânica e intensiva, saúde animal e conservação do meio ambiente; construir estufas para plantar frutas e legumes; consertar e construir sistemas de irrigação.

SAÚDE Isso poderia consistir em: treinar promotores comunitários em cuidados básicos de saúde comunitária, gestão de medicamentos, nutrição e subnutrição, vacinação, primeiros socorros e prevenção do HIV; construir banheiros; melhorar o suprimento de água; oferecer cursos em planejamento familiar e saúde sexual.

EMPODERAMENTO DA MULHER Isso poderia consistir em: treinar as pessoas em cuidados básicos de saúde, saúde sexual e reprodutiva, nutrição, produção de materiais têxteis para serem usados ou vendidos e direitos e responsabilidades das mulheres; oferecer cursos de alfabetização.

CRESCIMENTO ESPIRITUAL Isso poderia consistir em: organizar encontros de louvor, estudo bíblico e oração, com encontros especiais para crianças; treinar líderes comunitários sobre o crescimento e a sustentabilidade da igreja.

Através dessas atividades, a saúde e a nutrição das pessoas mais pobres em Chuquisaca estão melhorando. Elas já não comem principalmente trigo e batatas, mas têm uma dieta mais variada, que inclui frutas e legumes. Seu sistema imunológico está começando a se fortalecer, sua capacidade de concentração melhorou, e as doenças são menos comuns.

Através do trabalho espiritual do projeto Yanapanakuna, as pessoas estão aprendendo sobre as relações entre Deus, homens, mulheres e a Terra. O alcoolismo e o abuso doméstico estão começando a se tornar menos freqüentes, pois há mais dignidade e respeito dentro das comunidades.

Em 2009, o Yanapanakuna começará um novo ciclo de três anos. As novas comunidades serão beneficiadas com as lições aprendidas nos ciclos anteriores, e, durante o planejamento, também serão consideradas questões emergentes como a mudança climática.

O Pastor Eduardo Barja é o Diretor do SETESUR, Calle Sargento Tejerina No 101,  Esq. Pando, Casilla 20,1 Sucre, Bolívia.

E-mail: [email protected]

ESTUDO DE CASO

Meu nome é Paulina Vedia. Sou casada com Máximo, e temos cinco filhos. Antigamente, eu cuidava dos meus filhos e dos animais. Alguns dias eram muito difíceis, pois não tínhamos comida suficiente. Depois da escola, meus filhos tinham que sair para trabalhar e ganhar dinheiro para a família.

Desde o projeto Yanapanakuna, minha vida mudou. Meu marido e meu filho mais velho estão fazendo cursos de treinamento.

Agora eles me ajudam, porque a atitude deles em relação à família mudou. Eles construíram uma cozinha para mim, e ficou mais fácil cozinhar. Eles estão ajudando os vizinhos a fazer o mesmo. Agora podemos comer os legumes que o meu filho planta. Nós gostamos principalmente de alface com um pouquinho de sal e azeite, mas o meu favorito é a acelga.

Foto: Richard Hanson/Tearfund

Foto: Richard Hanson/Tearfund

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