A prática do buhfai tham (“punhado de arroz”) foi iniciada no estado de Mizoram, no nordeste da Índia, em 1910. De acordo com ela, cada família, principalmente da etnia mizo, separa um punhado de arroz cada vez que prepara uma refeição. Mais tarde, as famílias juntam todo o arroz separado e oferecem-no à igreja. A igreja, por sua vez, vende o arroz e gera renda para sustentar seu trabalho.
Artigos
Um punhado de arroz
Se todos derem um pouco todos os dias, muito será alcançado
2020
Disponível em Inglês, Francês, Português e EspanholDe: Captação de recursos local – Passo a Passo 111
Descubra a alegria que há em convidar pessoas a investirem em nosso trabalho e em nossos ministérios
Se todos derem um pouco a cada dia, grandes coisas poderão ser alcançadas. Foto: Ralph Hodgson/Tearfund
Com o tempo, a quantidade de arroz oferecida foi aumentando, e as pessoas também começaram a doar outras coisas, inclusive lenha, legumes e outros produtos. Como resultado, as igrejas de Mizoram, agora, são autossuficientes.
Um dos líderes da igreja disse: “Não recebemos apoio financeiro externo algum. Todo o dinheiro que temos é arrecadado por nós mesmos. O estado de Mizoram não é rico, mas, ainda assim, podemos captar recursos para o ministério do Senhor. Agora temos condições de ajudar 1.800 líderes de igrejas.
“Nós, do povo Mizo, dizemos: ‘Enquanto tivermos algo para comer a cada dia, teremos algo para dar a Deus a cada dia’.”
Inspiração na costa do marfim
Edmond é pastor no povoado de Nassian, na Costa do Marfim. Quando ele chegou, o povoado tinha uma pequena congregação, e o prédio da igreja estava correndo o risco de desmoronar.
Edmond achou que era importante reconstruir a igreja, mas a região é pobre, e o custo era obviamente alto demais para a congregação. No entanto, durante seu treinamento, ele havia aprendido que grandes coisas podem ser alcançadas com apenas um “punhado de arroz”, então, ele começou a falar sobre a construção da igreja com “um quilo de cimento de cada vez”.
O principal cultivo da região é o caju, e a maioria das pessoas tem vários cajueiros. Os membros da igreja tiveram a ideia de escrever o número 1, 2 ou 3 em pedaços de papel, referindo-se a 1, 2 ou 3 cajueiros. Os pedaços de papel foram dobrados e colocados em uma caixa. Cada membro da igreja tirou um pedaço de papel da caixa e concordou em doar os cajus produzidos por seus cajueiros, de acordo com o número de árvores ali indicado. Os cajus, então, foram vendidos para comprar os materiais necessários para construir a igreja e financiar seus ministérios.
Um agricultor, Illio, pegou um papel com o número 3, mas quando chegou a época da colheita, ele anunciou que doaria as castanhas de 21 cajueiros! Illio fez o mesmo no ano seguinte e doou a Edmond um terreno para que ele plantasse suas próprias árvores, como boas-vindas ao povoado.
O prédio da igreja agora está terminado, com duas salas extras para aulas de alfabetização e outras atividades. Os membros da igreja começaram alguns experimentos agrícolas para tentar melhorar a produção. Os jovens trabalham juntos de diferentes maneiras para servir sua comunidade. Todas essas atividades fizeram com que os moradores de outros povoados viessem ver o que estava acontecendo e pedissem orientações sobre como fazer mudanças em sua própria comunidade.
Edmond diz: “Podemos realizar essas atividades em nossa igreja examinando as habilidades e os recursos disponíveis e possibilitando a participação de todas as pessoas”.
Assista a um vídeo sobre a prática do buhfai tham, em Mizoram, em video
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