Estudos de caso

Os jovens manifestam-se

Debates públicos liderados por jovens na Zâmbia ajudam a exigir a prestação de contas por parte dos responsáveis pelas decisões

2023 Disponível em Inglês, Espanhol, Português e Francês

Uma jovem africana com um microfone portátil fazendo um discurso caloroso

Uma integrante do Parlamento Jovem expressa seu ponto de vista durante um debate público. Foto: Jubilee Centre

Um grupo misto de homens e mulheres elegantemente vestidos, em Uganda, sentados no chão, do lado de fora, parcialmente sob a sombra de uma árvore

De: Advocacy liderado pela comunidade – Passo a Passo 118

Ferramentas e ideias que podem ser usadas pelas comunidades para desafiar a injustiça e mudar situações difíceis

Parlamento Jovem

Em 2015, o Jubilee Centre criou uma iniciativa chamada Parlamento Jovem na Zâmbia. Esse fórum inédito permite que os jovens desenvolvam suas habilidades de liderança, aprendam a expressar seus pontos de vista e compreendam o sistema parlamentar nacional.

Ray Daniel Zulu, um dos jovens participantes, explica: “Passei a fazer parte do Parlamento Jovem porque tenho o grande desejo de promover mudanças na minha comunidade e na nação. Quando coisas erradas acontecem e não são abordadas, as pessoas que mais sofrem são os jovens”.

Os participantes aprendem a pesquisar sobre diferentes questões e, em seguida, elas são debatidas. Os debates são realizados em público e os membros da comunidade e representantes do governo são convidados a participar.

Os tópicos que têm sido debatidos incluem resíduos plásticos, educação para crianças vulneráveis e o papel da comunidade na implementação de projetos governamentais.

Várias conquistas importantes resultaram desses debates: as crianças receberam apoio governamental para completar o ensino médio e, agora, é proibida a venda de sacos plásticos de uso único em todos os supermercados.

Ray acrescenta: “Aprendi que um líder deve correr riscos para poder crescer. Acreditamos que podemos fazer a diferença em nossas comunidades. Queremos envolver mais jovens para que possamos trabalhar juntos e, assim, levar a nossa nação adiante”.

Uma jovem vestindo uma camiseta amarela, de pé em frente a arbustos verdes e palmeiras, segurando uma folha de assinaturas para uma campanha

Sangita com sua certidão de casamento. Foto: ETSC Nepal

Registro de casamento

Sangita Praja casou-se aos 16 anos de idade no Nepal. No entanto, o casal não registrou o casamento e, por isso, não tinha uma certidão.

Alguns anos depois, seu marido casou‑se com outra pessoa sem que Sangita soubesse, colocando-a em uma situação difícil e de muito sofrimento.

Sangita percebeu que precisava obter uma certidão de casamento para poder reivindicar seu direito de receber apoio do governo.

O grupo de mulheres da comunidade de Sangita havia recebido treinamento em advocacy da organização local ETSC (Education, Training and Service for Community) e elas se ofereceram para ajudar Sangita a apresentar seu caso à pessoa que presidia a autoridade local.

Após várias negociações, durante as quais Sangita adquiriu a confiança necessária para manifestar-se por si mesma, ela recebeu sua certidão.