Barnabé Anzuruni é o coordenador regional de Teologia e Engajamento em Redes da Tearfund para a Região Leste, Central e Sul da África. Aqui ele compartilha suas ideias sobre como apoiar pessoas afetadas por conflitos.
“Recentemente, quando entrei em um campo de refugiados em Uganda, vieram à tona memórias dos meus tempos de refugiado na Tanzânia, na década de 90. Lembrei-me dos desafios que enfrentamos, das esperanças que tínhamos e da longa jornada de restauração física e emocional.
“Considero Isaías 61:3-4 um exemplo útil de como podemos apoiar as pessoas afetadas pelos conflitos, especialmente as deslocadas.”
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Consolar todos os que andam tristes
“Nossa resposta imediata deve ser consolar os que estão tristes. Isso inclui fornecer abrigo seguro e alimentos nutritivos às pessoas para que elas possam descansar e recuperar suas forças.”
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Uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto
“Quando as pessoas estiverem prontas para falar sobre suas experiências, o aconselhamento para traumas e atividades como a arteterapia podem ajudá-las a passar da dor e do pesar para uma sensação maior de paz, esperança e bem-estar emocional.”
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Carvalhos de justiça
“Os carvalhos são um símbolo de força. Ao deixarmos claro que reconhecemos e apreciamos o valor de cada pessoa, podemos ajudar a restaurar seu senso de propósito e dignidade. Elas poderão, então, começar a usar suas competências e habilidades para reconstruir sua vida.”
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Reconstruir as velhas ruínas e restaurar os antigos escombros
“Algumas regiões afetadas por conflitos sofreram devastação durante décadas, com desentendimentos do passado, traumas e feridas emocionais profundas sendo transmitidos de geração para geração.
“A restauração nesse contexto vai além de reconstruir o que foi perdido: trata-se de criar um ambiente em que as pessoas possam florescer, os sonhos possam ser alimentados e as oportunidades para um futuro melhor possam ser concretizadas.
“Ao compreenderem as causas fundamentais dos conflitos, abordarem as divergências subjacentes e promoverem a reconciliação, as comunidades podem trabalhar em conjunto para construir as bases de um futuro mais pacífico, equitativo e estável.”