Um sistema foi desenvolvido na Tailândia por um grupo conhecido como ITAG (International Technical Assistance Group), o qual combina a criação de peixes com a cultura de vegetais e outras colheitas em canteiros elevados. Viveiros longos e estreitos para peixe são cavados entre canteiros longos e elevados. Os viveiros e os canteiros elevados tem aproximadamente 2m x 15m e cerca de 1m de profundidade. A parte superior do solo (a camada fértil do solo com cerca de 30–40cm de profundidade) conseguida ao se cavarem os viveiros é adicionada aos canteiros elevados.
O solo é cavado duas vezes nos canteiros elevados. Primeiro, a camada superior do solo é bem cavada e misturada com adubo. A seguir, a camada de solo superior (30–40cm de profundidade) é removida de um dos lados do canteiro e colocada à parte. A camada inferior do solo é então aliviada. A camada superior do solo é depois virada para cima do sub-solo aliviado e o processo é repetido em toda a área do canteiro. Este método permite que a água – do viveiro e da chuva – penetre bem fundo dentro do solo.
Uma variedade de culturas e de árvores frutíferas são plantadas nos canteiros elevados. A água do viveiro penetrará para dentro do solo, permitindo que as raízes cresçam fundo, resultando em plantas saudáveis. Devido aos canteiros serem elevados, eles não podem ser inundados. Lama do fundo do viveiro é adicionada aos canteiros elevados por ser um bom fertilizante. Restos de plantas e ervas daninhas podem ser adicionadas ao viveiro para alimentar os peixes.
As espécies de peixes frequentemente usadas são a tilápia, o peixe-gato e a carpa. O viveiro estreito permite que se faça uma observação cuidadosa dos peixes para se verificar a existência de doenças ou infecções causadas por parasitas. Os peixes que demonstrarem qualquer sinal de doença devem ser imediatamente removidos.
Há muitas vantagens em combinarem-se as duas coisas. A cultura de plantas e a criação de peixes beneficiam-se mutuamente. Os métodos tradicionais produzem 1–2,5 tons/hec/ano. No entanto, estes métodos produzem 5 tons/hec no primeiro ano, 10 tons/hec no segundo ano e 20 tons/ha no terceiro ano – um aumento enorme de produção! A quantidade de mão de obra é bastante reduzida pois não há necessidade de se transportar adubo ou água para irrigação. Além disto, usando-se filtros simples de areia, a água pode ser limpa para uso domiciliar.
Este processo foi desenvolvido pela ITAG na Tailândia pelo Dr Richard Neve.
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