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Lidando coma SECA

por Pukuta N Mwanza. Luangwa e Gwembe são duas regiões da Zâmbia que foram seriamente afetadas pelos cinco anos de seca constante. Estas secas deixaram os agricultores mais pobres do que antes porque eles foram forçados a vender o seu patrimônio – animais, equipamentos – e a usar as suas economias para sobreviver.

1997 Disponível em Francês, Inglês, Espanhol e Português

De: Segurança alimentar – Passo a Passo 32

A importância de produzir, processar, armazenar e distribuir alimentos no âmbito local

por Pukuta N Mwanza.

Luangwa e Gwembe são duas regiões da Zâmbia que foram seriamente afetadas pelos cinco anos de seca constante. Estas secas deixaram os agricultores mais pobres do que antes porque eles foram forçados a vender o seu patrimônio – animais, equipamentos – e a usar as suas economias para sobreviver.

Recentemente, a AEZ (Associação Evangélica da Zâmbia) organizou encontros em alguns povoados sobre o assunto de ‘Mitigação da Seca’. Em Gwembe, 100 pessoas de 55 povoados diferentes foram convidados a um encontro de quatro dias. O retorno foi impressionante e as pessoas vieram de longas distâncias. Um jovem, por exemplo, chegou exausto depois de caminhar mais de 20km.

A participação e o entusiasmo dos moradores dos povoados foram encorajadores. Estudos bíblicos, jogos, ensinamento e demonstrações sobre a extração de óleo foram incluídos no programa. A maioria do tempo foi usado a fazer trabalhos em grupos mistos e as mulheres sentiram-se livres para participar integralmente. Os assuntos levantados foram então compartilhados com todos os participantes em sessões abertas. Questões ligadas à segurança alimentar, à escassez de alimentos e à mitigação de desastres foram discutidas e os seguintes pontos foram levantados:

Observações gerais

  • Há pouco terreno arável disponível para cultivar porque a maioria do terreno é montanhoso e pedregoso.
  • As pessoas de fora da região de fora são consideradas ’estrangeiras’ e recebem terrenos muito pequenos.
  • Os pais precisam dividir as suas terras para dá-las aos seus filhos quando eles se casam e isto reduz o tamanho das terras cultivadas das famílias.
  • Muitas famílias não usam a tração animal na agricultura, o que limita a quantidade de terras que uma única família pode cultivar com enxadas.

Sinais antecipados de advertência

  • Aumentos rápidos nos preços de alimentos no mercado
  • A venda de animais aumenta de repente
  • As famílias deixam de ser autosuficientes e começam a comprar alimentos.

Crenças tradicionais de advertência sobre secas

  • Grande deslocamento de pássaros
  • Farta colheita de frutas silvestres antes das chuvas começarem
  • Muito mel na floresta
  • A crença de que muitos meninos nascem antes das chuvas. (As pessoas ficaram muito divididas quanto a esta crença.)

Métodos tradicionais de preservação

  • Uso de esterco de vaca como repelente contra insetos e gorgulhos
  • Armazenagem de milho em áreas de armazenagem de grãos construídas sobre o fogo para que o calor e a fumaça espantem os ratos, os gorgulhos e insectos.

Maneiras de lidar com a seca

  • Os participantes prepararam uma lista de 50 tubérculos e frutas silvestres diferentes, disponíveis em épocas distintas durante o ano. Nós ficamos impressionados sobre como Deus ajudou a prover estas várias frutas e tubérculos nos quais as pessoas podem confiar em épocas de seca. As pessoas sentiram fortemente que precisavam aprender mais sobre como preservar e armazenar estes diferentes alimentos para expandir a sua utilidade.
  • As pessoas levantam recursos fazendo cestos, pescando, caçando, cultivando na beira do Rio Zambesi e vendendo produtos domésticos.

Resultados

Pediu-se para que os participantes compartilhassem tudo o que aprenderam quando regressassem para casa. Todos receberam certificados de participação, o que deu aos participantes uma verdadeira sensação de realizaçâo. Alguns não puderam esconder a sua grande alegria ao cantar e dançar no seu regresso para casa.

Um mês depois, nós visitamos a região e descobrimos que alguns participantes tinham feito um óptimo trabalho ao treinar os seus colegas dos povoados. Muitos moradores dos povoados estavam impacientes para compartilhar o que tinham aprendido conosco. Na região de Chipepo, Arthur Ngandu, um dos participantes, estava ocupado ensinando sobre a mitigação e o trabalho de preparação para os períodos de seca. Quando o caminhão da AEZ se enterrou na lama durante a distribuição de sementes, os moradores dos povoados não interrompiam as aulas deles e diziam ’estamos ouvindo algo sério’! O motorista ficava perplexo mas contente com o compromisso e a dedicação dos moradores quanto ao programa de mitigação da seca.

Pukuta Mwanza é a Coordenadora do Departamento de Ética, Sociedade e Desenvolvimento da Associação Evangélica da Zâmbia.

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