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Crédito para os pobres

Um relatório sobre o estudo que os Professores Hulme e Mosley fizeram sobre o trabalho de 13 instituições que concedem pequenos empréstimos em sete países diferentes foi publicado recentemente. Elas concedem pequenos empréstimos para ajudar micro-empresas. As constatações feitas por eles são muito claras e, no futuro, provavelmente terão uma grande influência sobre os grupos que concedem crédito. Eles chegaram a três conclusões importantes:

1998 Disponível em Inglês, Francês, Espanhol e Português

De: Micro-empresas – Passo a Passo 35

Ideias e orientações para desenvolver pequenos negócios de sucesso

Um relatório sobre o estudo que os Professores Hulme e Mosley fizeram sobre o trabalho de 13 instituições que concedem pequenos empréstimos em sete países diferentes foi publicado recentemente. Elas concedem pequenos empréstimos para ajudar micro-empresas. As constatações feitas por eles são muito claras e, no futuro, provavelmente terão uma grande influência sobre os grupos que concedem crédito. Eles chegaram a três conclusões importantes:

  • O Banco Grameen, de Bangladesh, o Banco Sol, da Bolívia, e o Banco Rakyat, da Indonésia, são alguns exemplos de instituições que possuem programas eficazes de empréstimos. Estas instituições alcançam bons resultados e a maioria dos clientes são capazes de pagar os seus empréstimos e desenvolverem os seus micro-empreendimentos. Estas são algumas características destas instituições:
    • Taxas de juros mais altas, as quais não permitem que as pessoas mais pobres consigam empréstimos.
    • Elas geralmente têm cadernetas de poupança, as quais fornecem uma segurança às pessoas (as suas economias), caso elas tenham dificuldades.
    • Elas têm filiais próximas dos lugares onde vivem os beneficiários, facilitando-lhes o pagamento dos empréstimos com regularidade.
    • Elas cobram as prestações regularmente.
  • Há uma grande probabilidade do crédito aumentar a renda das famílias que estão acima ou no nível de pobreza – em outras palavras, não as pessoas que são muito pobres (abaixo do nível de pobreza). A pesquisa indica que as pessoas que recebem empréstimos que estão acima ou no nível de pobreza, são as que mais provavelmente correm riscos e investem em novos equipamentos, mão-de-obra ou tecnologia.
  • Os pequenos empréstimos geralmente não ajudam a melhorar a renda das pessoas muito pobres. As pessoas muito pobres que pedem empréstimos não têm condições de correr tais riscos. Na verdade, às vezes elas usam os empréstimos para atender às necessidades imediatas da família, podendo terminar com uma dívida ainda maior do que quando elas receberam o empréstimo. Os empréstimos não podem solucionar todos os problemas e, às vezes, eles podem piorá-los, especialmente se as pessoas não tiverem a segurança oferecida por algumas economias ou pela experiência.

Estas constatações não são animadoras para as pessoas que estão tentando passar para cima do nível de pobreza, as quais podem ter dificuldades ainda maiores para obter crédito no futuro como resultado desta pesquisa. No entanto, ainda existem passos positivos a serem dados. Em visitas feitas recentemente pela Editora a alguns grupos da zona rural de Uganda e Gana observou-se que os grupos ativos cujos membros se reúnem regularmente e freqüentemente trabalham juntos, podem administrar sistemas simples de crédito com muito sucesso, sem ajuda externa. Os membros concordam em contribuir semanalmente com uma pequena quantia em dinheiro e, a cada semana, um dos membros toma emprestado todo o dinheiro coletado durante aquela semana. A maioria deles usam o dinheiro para comprar roupas, pagar matrículas escolares ou realizar pequenas atividades que geram renda. Os grupos precisam estar bem estabelecidos para que os membros confiem uns nos outros e, assim, passem a fazer contribuições regularmente.

Finance Against Poverty, de autoria de David Hulme e Paul Mosley, foi publicado pela Routledge, Londres, em 1996. O resumo das constatações feitas no livro foi tirado da Focus No 5, que é publicada pelo CGAP, 1818 H Street NW, Room G4115, Washington DC 20433, EUA.

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