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Artigos

Trabalhando com crianças com deficiências

Ter um filho com deficiências é um desafio para todos os pais, quer eles vejam a criança como punição ou devidamente como uma dádiva de Deus. Embora a maioria dos pais cuidem destas crianças no sentido de mantê-las aquecidas, abrigadas e alimentadas, muitas vezes, há pouca compreensão da importância e do valor de se estimular o seu desenvolvimento. É fácil pensar que elas nunca reagirão ou se desenvolverão, mas a experiência de um centro para crianças com deficiências no norte da África mostra ...

2002 Disponível em Inglês, Francês, Espanhol e Português

Revistas Passo a Passo em francês, espanhol, português e inglês, espalhadas sobre uma mesa de madeira

De: Pessoas com deficiências – Passo a Passo 49

Rumo a uma maior inclusão das pessoas com deficiência em todos os aspectos da vida

Ter um filho com deficiências é um desafio para todos os pais, quer eles vejam a criança como punição ou devidamente como uma dádiva de Deus. Embora a maioria dos pais cuidem destas crianças no sentido de mantê-las aquecidas, abrigadas e alimentadas, muitas vezes, há pouca compreensão da importância e do valor de se estimular o seu desenvolvimento. É fácil pensar que elas nunca reagirão ou se desenvolverão, mas a experiência de um centro para crianças com deficiências no norte da África mostra que o progresso é possível.

Organizações administradas pelo governo

Há algumas organizações administradas pelo governo que cuidam de crianças com deficiências. Estas variam muito na maneira como são administradas. Alguns locais simplesmente aceitam crianças, colocam-nas em fila contra a parede e lá as deixam, sem estimulá-las ou ensiná-las de maneira alguma. Com uns poucos inspetores, é difícil verificar como as crianças estão indo e a eficácia do atendimento que recebem.

O centro

Um grupo de pais com filhos com deficiências reuniu-se e pensou sobre o que poderiam fazer. Sozinhos, eles se sentiam isolados e desamparados, mas perceberam que, trabalhando juntos, algo podia ser feito. Juntos, eles começaram um centro. Este agora trabalha com 18 crianças entre 2 e 14 anos de idade, as quais possuem deficiências mentais e físicas graves. As crianças precisam de muita ajuda. Assim, a maior parte do enfoque do centro é o trabalho de fisioterapia, como ajudá-las a aprender a sentarem-se e a locomoverem-se. Eles se concentram no estímulo dos sentidos principais: visão, audição, tato e olfato. Um grupo de funcionários também visita crianças nos seus lares, oferecendo cuidados com a saúde e lavando-as. Um dos desenvolvimentos recentes é o exame das necessidades educacionais e sociais, além do cuidado físico. 

Embora seja independente, o centro recebe uma certa quantia do governo para cada criança que o freqüenta. Mas sobra muito pouco dinheiro para a expansão e o desenvolvimento depois dos salários e os custos administrativos serem pagos.

Equipamento didático

O centro copia equipamentos existentes provenientes do Ocidente, produzindo-os localmente. Usa-se a imaginação para produzir equipamentos como:

  • pranchas para tato (táteis) feitas de madeira com vários objetos anexos a elas, tais como uma bola, um pedaço de escova de esfregar, e paina, os quais incentivam as crianças para o tato
  • uma cadeira de rodas velha sem conserto convertida numa cadeira para chuveiro, tirando-se o assento, colocando-se uma tábua e forrando-a com esponja
  • um trampolim feito enterrando-se a armação de molas de uma cama velha no chão e cobrindo-a com um colchão
  • uma gangorra feita com um tambor de óleo e uma tábua
  • redes muito seguras para se balançar
  • peças de esponja de diferentes formatos forradas com PVC: em forma de ferradura, para servirem de assentos, triangulares, onde as crianças se podem deitar e cilíndricas, com as quais as crianças podem brincar
  • estênceis com formatos e cores vivas para decorar as salas.

O progresso ocorre através de pequenas mudanças. Por exemplo, um criança começa a tocar a prancha tátil. Uma criança num balanço empurra-se com os pés. Uma criança derruba uma pilha de blocos ao invés de só olhar para ela.

Trabalhar e brincar

Um dos maiores desafios do centro tem sido ensinar os funcionários sobre a idéia de brincar. Numa sociedade em que o trabalho é visto como a única coisa importante, a idéia de se brincar não existe na mente adulta. As pessoas não vêem o brincar, sozinho ou em grupo, como parte do desenvolvimento social. Quando se introduz um novo brinquedo – por exemplo, uma caixa com orifícios de diversos formatos na tampa para enfiarem-se peças com os mesmos formatos – os funcionários aprendem como usá-lo. Depois, eles o dão a uma criança e esperam que ela saiba o que fazer com ele. Se ela não sabe, o brinquedo não é considerado bom. Devese mostrar aos funcionários que o brinquedo pode ser usado de muitas formas. As crianças podem tirar a tampa e olhar dentro, tocá-lo, abaná-lo (chacoalhálo), apreciar as cores e assim por diante. Elas podem esquecer completamente a tampa e colocá-lo de cabeça para baixo.

É necessária uma mudança de atitude total para que os funcionários possam realmente compreender e apreciar o “brincar”. Isto também requer que se incentivem as crianças a explorar os brinquedos. Algumas podem até nem tocá-los, a menos que sejam incentivadas. Acreditar que o desenvolvimento é possível e perceber que ele pode ser incentivado faz parte do treinamento essencial de que os funcionários precisam para serem eficazes.

Questões para discussão

Por que poderiam as pessoas pensar que as crianças com deficiências não podem progredir? É esta a atitude correta? Se não, por quê?

Qual é a importância de se acompanhar o progresso das crianças com deficiências individualmente?

O que pode ser feito para ajudar as crianças com deficiências a desempenhar um papel mais pleno na sua comunidade? Que papel você poderia desempenhar como indivíduo, igreja ou organização?

Que materiais locais há que poderiam ser transformados em brinquedos adequados para crianças com deficiências?

Que tipos de auxílio você pode dar aos pais de crianças com deficiências como indivíduo, igreja ou organização?

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