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HIV (VIH) e a amamentação

Ann Ashworth. O vírus HIV (VIH) pode ser transmitido de uma mãe contaminada pelo HIV (VIH) para seu bebê. Isto é chamado transmissão de mãe para filho (TMPF). Ela pode ocorrer durante a gravidez, o trabalho de parto, o parto e a amamentação. Os medicamentos anti-retrovirais, como o Nevirapine, diminuem o risco de TMPF.

2002 Disponível em Inglês, Francês, Espanhol e Português

Revistas Passo a Passo em francês, espanhol, português e inglês, espalhadas sobre uma mesa de madeira

De: Nutrição – Passo a Passo 52

Várias ideias para ajudar a melhorar a nutrição das crianças pequenas

Ann Ashworth.

O vírus HIV (VIH) pode ser transmitido de uma mãe contaminada pelo HIV (VIH) para seu bebê. Isto é chamado transmissão de mãe para filho (TMPF). Ela pode ocorrer durante a gravidez, o trabalho de parto, o parto e a amamentação. Os medicamentos anti-retrovirais, como o Nevirapine, diminuem o risco de TMPF.

Os riscos através da amamentação

  • da duração da amamentação Quanto mais tempo a amamentação durar, maior o risco de TMPF. Acredita-se que o risco seja de mais ou menos 5% nos primeiros seis meses, 10% durante os primeiros 12 meses e 15–20%, se o bebê for amamentado por 24 meses.
  • dos hábitos de amamentação O risco é menor, se o bebê só for alimentado com leite materno.
  • da saúde do seio O risco é maior se os mamilos racharem ou sangrarem, ou se o seio estiver com feridas ou inflamado (mastite, abscesso na mama).
  • de quando a mãe se contaminou com o HIV (VIH) O risco de TMPF é maior, se a mãe se contaminar durante a gravidez ou quando estiver amamentando.
  • do estado imunológico da mãe O risco é maior, se a imunidade da mãe estiver baixa, como, por exemplo, devido à má-nutrição ou porque ela está num estágio avançado da doença causada pelo HIV (VIH).

Opções de alimentação

As mães portadoras do HIV (VIH) têm uma escolha difícil, principalmente, se viverem em condições pobres. Adecisão de não se amamentar pode evitar que algumas crianças se  contaminem com o HIV (VIH), mas pode aumentar muito as chances de morte por outras causas. A UNICEF calcula que, para cada criança que morre por causa do HIV (VIH) através da amamentação, muitas outras morrem porque não são amamentadas.

É importante discutir com as mães portadoras do HIV (VIH) as opções de alimentação disponíveis, para que elas possam estar bem informadas para fazer sua escolha. Na maioria das situações, as opções são amamentar ou dar uma alimentação substituta (como o leite em pó). Em algumas cidades do Brasil, as mães com o HIV podem extrair seu leite materno para que ele passe por um tratamento de calor num banco de leite, tornando-se seguro.

Amamentação

Os bebês se beneficiam com os fatores imunológicos do leite materno e seu alto valor nutritivo. Eles têm menos chances de morrer de diarréia e pneumonia, mas sofrem o risco de contrair o vírus HIV (VIH). O risco é pequeno, se a mãe:

  • só amamenta – isto significa que nem a mãe, nem outras pessoas da casa devem dar água ou qualquer outro líquido ou alimento para o bebê
  • mantém a saúde dos seios através de bons hábitos de amamentação, tais como amamentar quando necessário e manter o bebê corretamente preso ao seio
  • procura ajuda imediatamente, se tiver problemas nos mamilos ou nos seios e se aparecerem aftas em seus mamilos ou na boca da criança
  • evita se contaminar ou se recontaminar com o HIV (VIH), enquanto estiver amamentando
  • começa a alimentação complementar aos seis meses (veja as páginas 1–3) e pára de amamentar assim que possível.

Alimentação substituta

Não há risco de se transmitir o vírus, mas há o risco de morte pela perda da imunidade protetora do leite materno e devido ao preparo sem higiene ou incorreto dos alimentos. O risco é alto, se a mãe não tiver dinheiro para comprar leite suficiente, tiver um abastecimento de água não tratada, um saneamento precário, pouco combustível, não tiver um refrigerador frigorífico), alimentar o bebê com uma mamadeira ou tiver pouca instrução. Nas comunidades em que a amamentação é a prática comum, as mães que decidem usar a alimentação substituta tornam-se “diferentes” e podem ser alienadas. As mães podem achar difícil dar apenas a alimentação substituta. Por exemplo, elas podem querer amamentar à noite, quando é inconveniente ter de preparar o alimento. Misturar a amamentação com outras formas de alimentação é mais arriscado para transmitir o vírus do que somente amamentar.

Aalimentação substituta só deve ser escolhida, se for aceitável, puder ser paga, for sustentável e segura. Devem-se informar as mães sobre o perigo de se misturar a alimentação artificial e a amamentação. A amamentação é a melhor opção para as mulheres que não têm o vírus HIV (VIH) ou cuja situação é incerta.

A Professora Titular Ann Ashworth é nutricionista da London School of Hygiene and Tropical Medicine, com muitos anos de experiencia em alimentação infantil. E-mail: [email protected] Public Health Nutrition Unit London School of Hygiene and Tropical Medicine, 49–51 Bedford Square, London, Reino Unido WC1B 3DP

Os riscos do HIV através da amamentação

Um em cada 20 bebês se contaminam, se forem amamentados por seis meses.

Três em cada 20 bebês se contaminam, se a amamentação continuar por dois anos.

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