Pular para o conteúdo Ir para o consentimento do cookie
Pular para o conteúdo

Artigos

Sexualidade: uma perspectiva cristã

A sexualidade é um assunto importante para os cristãos hoje em dia

2007 Disponível em Inglês, Francês, Português e Espanhol

Um homem vestindo casaco azul marinho e uma mulher vestindo um vestido de laranja e amarelo um suporte um ao lado do outro com suas costas para a câmera em uma floresta tropical arborosa.

Marido e mulher do Burundi participa do programa de masculinidades transformadoras administradas por um parceiro de fúlpulo lacrimal. Foto: Paul Mbonankira/Tearfund

Foto: Marcus Perkins

De: Saúde sexual – Passo a Passo 69

Como iniciar a conversa sobre questões sexuais

A sexualidade é um assunto importante para os cristãos hoje em dia. Ela não pode mais ser deixada de lado, como algo sobre o qual não falamos e com o qual só lidamos na vida privada. Devemos encarar os resultados do comportamento sexual que vemos na nossa sociedade.

A intenção de Deus para o sexo

Não há motivo algum para considerarmos o sexo como algo mau e pecaminoso. Quando vemos o que a Bíblia diz sobre o sexo, vemos que Deus quis que ele fosse uma das dádivas mais bonitas e maravilhosas. O propósito não é apenas a reproduções sexual. Deus criou o sexo para construir um relacionamento matrimonial eficaz, com base no desfrute e deleite mútuos. Deus criou o sexo para o prazer, como uma expressão do amor para que ambos o homem e a mulher o desfrutassem. O sexo não deve ser uma obrigação penosa. Porém, tampouco o prazer físico é o seu único propósito.

Casamento

O ideal de Deus é que nos abstenhamos antes do casamento e sejamos fiéis aos nossos parceiros dentro dele. Estes limites são para a nossa própria proteção. O sexo deve ser uma fonte de deleite e satisfação, que ajuda a unir os casais, mas, muitas vezes, as experiências prévias podem ser prejudiciais. O sexo foi criado para relacionamentos permanentes, leais e que respeitam ambos os parceiros.

Deus estabeleceu um lugar seguro para que descobríssemos, desenvolvêssemos e desfrutássemos a nossa sexualidade ao máximo. Este lugar é dentro do relacionamento em que os parceiros se pertencem e se doam mutuamente, o qual chamamos casamento. Temos de compreender que o casamento não é apenas uma cerimônia civil ou religiosa. Isto é somente o testemunho público de um casamento. O casamento é um relacionamento sincero, exclusivo e de amor entre um homem e uma mulher, que dura por toda a vida. O marido e a mulher precisam manter este relacionamento, sendo fiéis e se amando continuamente para o resto da vida.

Conseqüências

Muitos planejadores da área da saúde e psicólogos concordam que o comportamento e as atitudes sexuais cada vez mais aceitos na nossa sociedade nas últimas décadas tiveram muitas conseqüências negativas. Há falta de conscientização sobre a saúde sexual, e é comum que as pessoas tenham vários parceiros sexuais diferentes. Estas coisas contribuem para a pandemia da AIDS (SIDA) e o aumento de outras infecções transmitidas sexualmente. Outras conseqüências são a gravidez na adolescência, os abortos, as crianças abandonadas e as mães e pais solteiros. As atitudes prejudiciais para com a sexualidade, tais como a idéia de que ser homem significa ser agressivo sexualmente, podem contribuir para a violência sexual, o abuso infantil e o estupro. Tudo isto deixa claro que o comportamento das pessoas não corresponde às intenções de Deus para o sexo e os relacionamentos.

Acredito que os cristãos precisam redescobrir o plano de Deus para a sexualidade. Precisamos examinar as nossas crenças, os nossos estilos de vida e refletir sobre o exemplo que damos com o nosso comportamento. Temos a responsabilidade de colocarmos em prática uma alternativa radical de atitudes saudáveis para com o sexo.

Jovens

Não vivemos num mundo ideal. Há muitos fatores que pressionam os jovens na nossa sociedade e que os tornam impacientes para fazer sexo. Alguns dos fatores a serem considerados são as crenças culturais, os valores e os costumes, as experiências da infância, o ambiente social e o impulso sexual poderoso que faz parte da nossa natureza física. Com uma nutrição e uma saúde física melhores, muitas vezes, os jovens podem chegar à puberdade mais cedo, às vezes, aos nove ou dez anos de idade. Porém, em muitos países, eles provavelmente só se casarão quando estiverem nos seus vinte anos. Os jovens sofrem pressão constante dos meios de comunicação em massa, tais como a televisão, as revistas e a internet. Os meios de comunicação estão repletos de imagens sexuais e informações errôneas. Acrescente a isto a curiosidade natural dos jovens, o seu desejo de experimentar e a tendência normal de subestimarem os riscos, e podemos ver por que a experiência sexual, com freqüência, começa cedo na vida.

Para os jovens, a pressão dos outros jovens pode ser muito forte. Os adolescentes, muitas vezes, lutam para terem a sua própria identidade. Os jovens procuram a aceitação e a aprovação dentro do seu grupo de jovens. Eles precisam de uma boa auto-estima para serem capazes de desafiar a pressão dos outros jovens e tomarem as suas próprias decisões. Os exemplos também são muito importantes. As boas relações com os pais são um fator essencial para o desenvolvimento, pois tendemos a reproduzir as situações que vivemos no nosso próprio lar. Foi visto, através de estudos, que as crianças que crescem testemunhando relacionamentos violentos geralmente são menos capazes de formar relacionamentos saudáveis e estáveis mais tarde na vida. Os professores, outros parentes e amigos mais velhos também podem ter uma influência forte, assim como pessoas famosas na cultura juvenil, tais como músicos e atores. Com muita freqüência, esta influência pode ser negativa, e não positiva. Se a igreja permanecer calada, como poderemos ajudar os jovens a fazerem boas escolhas?

Às vezes, porém, as pessoas têm pouca opção. As desigualdades entre os sexos fazem com que as mulheres, muitas vezes, tenham pouco controle sobre as suas decisões sexuais. A pobreza pode fazer com que as pessoas não tenham nenhum meio de sobrevivência, a não ser através do trabalho sexual.

O que podemos fazer?

Precisamos proporcionar informações precisas sobre questões sexuais e bons exemplos para os jovens. Devemos ajudálos a criar uma boa auto-estima e boas atitudes em relação ao sexo, para que eles possam tomar boas decisões e evitar o comportamento arriscado. Não podemos fazer isto se tivermos vergonha de falar sobre estas questões. Devemos começar reconhecendo que a sexualidade é uma parte importante e integral do ser humano, a qual deve ser valorizada e respeitada, e não ignorada ou negada. Precisamos compreender o verdadeiro propósito do sexo e eliminar os mitos e as idéias errôneas.

O Dr. Apolos Landa é o Coordenador Regional da América Latina e do Caribe da Luke Society International. E-mail: [email protected]

Compartilhe este recurso

Se você achou este recurso útil, compartilhe-o com outras pessoas para que elas também possam se beneficiar.

Cadastre-se agora para receber a revista Passo a Passo

Uma revista digital e impressa gratuita para pessoas que trabalham na área de desenvolvimento comunitário.

Cadastre-se agora - Cadastre-se agora para receber a revista Passo a Passo

Preferências de cookies

Sua privacidade e paz de espírito são importantes para nós. Temos o compromisso de manter seus dados em segurança. Somente coletamos dados de pessoas para finalidades específicas e não os mantemos depois que elas foram alcançadas.

Para obter mais informações, inclusive uma lista completa de cookies individuais, consulte nossa política de privacidade.

  • Estes cookies são necessários para o funcionamento do site e não podem ser desativados em nossos sistemas.

  • Estes cookies permitem-nos medir e melhorar o desempenho do nosso site. Todas as informações coletadas por eles são anônimas.

  • Estes cookies permitem uma experiência mais personalizada. Por exemplo, eles podem lembrar em que região você está, bem como suas configurações de acessibilidade.

  • Estes cookies ajudam-nos a personalizar os nossos anúncios e permitem-nos medir a eficácia das nossas campanhas.