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O projeto de redução do risco de desastres de Mwanalundu

2009

Foto: Richard Hanson/Tearfund

De: Gestão do risco diário – Passo a Passo 79

Como gerir os riscos que encontramos na vida diária

Dingiswayo Jere

Foto: Dingiswayo Jere

Foto: Dingiswayo Jere

Durante os últimos anos, o Rio Mwanalundu, no sul do Maláui, tem passado por um ciclo de inundações e secas. A causa disso foi o desmatamento das reservas florestais nas áreas montanhosas próximas à nascente do rio. As árvores foram usadas para a obtenção de madeira e combustível, e as áreas desmatadas foram usadas como hortas. A água fluiu facilmente pelas terras desmatadas, levando areia e detritos para o leito do rio e causando inundações. As plantações, os animais, as escolas e as casas ao longo do rio, no distrito de Nsanje, foram levados pelas inundações. Quando as chuvas terminaram, o rio secou rapidamente, e as comunidades ficaram sem água. Este artigo conta como uma comunidade lidou com o risco e reduziu a probabilidade de que ele ocorresse novamente.

Lidando com o problema

A igreja local trabalhou lado a lado com os chefes dos povoados e os líderes das comunidades para se encontrar com os habitantes dos povoados. Eles usaram o processo de Avaliação Participativa do Risco de Desastres (APRD) para identificar as ameaças de desastres enfrentadas pela comunidade e suas vulnerabilidades às ameaças e, então, encontrar uma solução. Eles também determinaram como a comunidade poderia usar seus próprios recursos para reduzir os riscos.

Ficou claro que o principal problema dos habitantes dos povoados era a maneira como o Rio Mwanalundu causava inunda ções e secava regularmente.

Implementando o projeto

  • Os chefes dos povoados estabeleceram leis para reduzir o desmatamento e proteger o Rio Mwanalundu contra futures inundações.
  • Os habitantes dos povoados foram mobilizados para começar a trabalhar no rio.
  • Usando enxadas e pás, eles retiraram a areia e outros detritos do rio para melh o rar
    seu curso e aprofundar seu leito. (Isto é conhecido como desassoreamento.)
  • As comunidades plantaram capimelefante, vetiver e árvores ao longo do rio para fortalecer suas margens.

Resultados e efeitos

Nos dois anos após o desassoreamento do leito do rio, o rio parou de causar inundações. As aulas não foram mais interrom pidas devido às inundações, e as hortas próximas ao rio não foram mais levadas pela água. Além disso, durante o inverno e o verão do ano passado, pela primeira vez em muitos anos, o Rio Mwanalundu fluiu, e não houve escassez de água nas comunidades.

“Através do trabalho coletivo dos habitants locais, líderes comunitários e parceiros de desenvolvimento, alguns destes problemas podem realmente ser coisas do passado, como
no caso do Rio Mwanalundu,” diz um dos chefes dos povoados que desempenhou um papel vital no projeto de redução do risco de desastres.

Lições aprendidas

  • Os membros das comunidades aprend eram com esta experiência e agora sabem como encontrar respostas para os seus outros problemas.
  • Os habitantes locais aprenderam que eles próprios são uma das soluções para os problemas que os afetam.
  • As comunidades têm a capacidade de combater os desastres através de um processo de mobilização organizado.

Dingiswayo Jere trabalha para a Igreja Evangélica
River of Life.
PO Box 2146
Blantyre
Maláui
E-mail: dingijere@riverofl ifemw.org

Para obter mais informações sobre o processo APRD, consulte ROOTS 9:
Reduzindo o risco de desastres em nossas comunidades
www.tearfund.org/tilz

Ferramentas utilizadas durante o processo de APRD:

MAPA HISTÓRICO Esta ferramenta ajuda as pessoas a identificar mudanças no local, ao longo de muitos anos. Usando esta ferramenta, os habitantes dos povoados descobriram que o rio costumava fluir durante o ano inteiro e não causava inundações nem secava. Eles descobriram que a derrubada das árvores havia contribuído para a inundação do rio e que a grande quantidade de areia e detritos era o que causava as inundações e as secas. 

SEGREDO NA CAIXA Esta ferramenta faz com que as pessoas procurem descobrir, de diferentes maneiras, que objetos há dentro de uma caixa. O grupo com permissão para olhar dentro da caixa e tocá-los sabe a resposta melhor. Da mesma forma, os habitants locais sabem as melhores soluções para os problemas que enfrentam, pois eles são os que compreendem a situação. 

(Para obter orientação sobre como usar estas ferramentas, consulte o Guia PILARES: Mobilização da comunidade.
www.tearfund.org/tilz)

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