Pular para o conteúdo Ir para o consentimento do cookie
Pular para o conteúdo

Artigos

Reconciliação – contando uma história diferente

Philbert Kalisa cresceu no exílio, no Burundi, antes de fazer treinamento como líder de igreja. Desde a época do genocídio, quando muitas pessoas foram mortas num conflito entre duas tribos, os hutus e os tutsis, ele tinha a visão de levar a reconciliação ao país dos seus pais – Ruanda.

2012 Disponível em Inglês, Francês, Português e Espanhol

O estigma causa muita vergonha e solidão. Richard Hanson/Tearfund

De: Estigma – Passo a Passo 86

Combate ao estigma através do diálogo e construção de relacionamentos

Um encontro comunitário em Ruanda. Geoff Crawford

Um encontro comunitário em Ruanda. Geoff Crawford

Philbert Kalisa cresceu no exílio, no Burundi, antes de fazer treinamento como líder de igreja. Desde a época do genocídio, quando muitas pessoas foram mortas num conflito entre duas tribos, os hutus e os tutsis, ele tinha a visão de levar a reconciliação ao país dos seus pais – Ruanda.

Porém, depois de muitos anos de treinamento, esperança e oração, esperando por uma oportunidade para realizar encontros de treinamento sobre a construção da paz em Ruanda, parecia que o primeiro destes encontros iria fracassar.

No primeiro encontro de 60 líderes de igrejas, as tensões causadas pela tentativa de discutir experiências do conflito, do genocídio e suas conseqüências eram tão grandes que doze policiais tiveram de ficar de guarda, vigiando o grupo o dia inteiro.

Alguns dos líderes tinham enviuvado por causa do conflito. Muitos dos líderes ficaram zangados e começaram a se chamar de “facão” (um tipo de faca grande usada para matar e mutilar pessoas durante o genocídio). Durante o intervalo, os hutus e os tutsis foram para locais separados e não se falaram.

Philbert lembra-se do que aconteceu depois:

“Eu estava tentando decidir o que fazer e vi que estava ao lado de um hutu. Perguntei a ele: ‘O que você acha? Devemos parar?’

Ele disse que entendia a raiva dos tutsis, pois os hutus os haviam matado, mas disse: ‘Nem todos nós éramos assim. Eu recebi refugiados tutsis na minha própria casa e os escondi dos meus filhos.’

Um dos tutsis que tinha ficado com ele estava no encontro. Ele era pastor.

Pedi aos dois que contassem a história para todos. Depois de contarem a história, o tutsi disse: ‘Estou vivo por causa deste homem.’ Os dois homens abraçaram-se, e a tensão na sala foi superada.

Os hutus e os tutsis começaram a compreender que havia pessoas em ambos os grupos que faziam coisas boas e que nem todos eram maus. Isto foi uma benção, e começamos a cantar e a louvar a Deus.

Conversamos sobre perdão e reconciliação. Os dois homens tornaram-se pioneiros, e passei a levá-los comigo sempre que fazia o treinamento com outros grupos.”

Philbert e sua equipe realizam encontros de treinamento sobre a construção  da paz e, depois, pedem às comunidades para encontrarem pessoas que queiram estabelecer um grupo de união e dar continuidade às conversas.

O Reverendo Philbert Kalisa foi entrevistado por Katie Harrison, Chefe de Mídia da Tearfund.
REACH Rwanda
PO Box 6396
Kigali
Ruanda

www.reach-rwanda.org



Discussão

Philbert descobriu que uma forma de superar o estigma resultante de conflito entre grupos é contar histórias pessoais que superem as generalizações e o preconceito.

  • Dêem um exemplo de quando a sua opinião sobre uma pessoa – ou grupo de pessoas – tenha mudado depois de ouvir uma história positiva.
  • Pensem em maneiras de contar histórias positivas. Há alguma história que vocês possam contar que ajude a reconciliar as pessoas? Onde vocês contarão a história? No mercado, na igreja, para a sua família?


Conteúdo com tags semelhantes

Compartilhe este recurso

Se você achou este recurso útil, compartilhe-o com outras pessoas para que elas também possam se beneficiar.

Cadastre-se agora para receber a revista Passo a Passo

Uma revista digital e impressa gratuita para pessoas que trabalham na área de desenvolvimento comunitário.

Cadastre-se agora - Cadastre-se agora para receber a revista Passo a Passo

Preferências de cookies

Sua privacidade e paz de espírito são importantes para nós. Temos o compromisso de manter seus dados em segurança. Somente coletamos dados de pessoas para finalidades específicas e não os mantemos depois que elas foram alcançadas.

Para obter mais informações, inclusive uma lista completa de cookies individuais, consulte nossa política de privacidade.

  • Estes cookies são necessários para o funcionamento do site e não podem ser desativados em nossos sistemas.

  • Estes cookies permitem-nos medir e melhorar o desempenho do nosso site. Todas as informações coletadas por eles são anônimas.

  • Estes cookies permitem uma experiência mais personalizada. Por exemplo, eles podem lembrar em que região você está, bem como suas configurações de acessibilidade.

  • Estes cookies ajudam-nos a personalizar os nossos anúncios e permitem-nos medir a eficácia das nossas campanhas.