SISTEMA DE INTENSIFICAÇÃO DE ARROZ
Essa é uma maneira de plantar arroz com baixo insumo, resultando em uma maior produtividade e mais lucro para as famílias. A técnica utiliza de 25 a 50% menos água que os métodos usuais de cultivo de arroz.
Abaixo, estão as principais etapas.
- Plante sementes em canteiros não inundados, fertilizados com esterco e composto.
- Transplante as mudas quando tiverem duas ou três folhas (depois de 8 a 12 dias) em vez de depois de um mês.
- Plante as mudas individualmente, com cerca de 25 cm de distância entre si, em vez de em grupos. Assim, são necessárias menos sementes, e há menos competição por nutrientes, espaço e luz. As mudas desenvolvem raízes mais fortes e mais brotos.
- Em vez de inundar continuamente os campos, forneça água suficiente somente para manter a umidade ao redor das raízes. Isso promove o desenvolvimento de sistemas radiculares mais extensos e reduz a degeneração radicular e as emissões de metano (o gás metano contribui para a mudança climática).
- Para evitar a compactação do solo, controle as ervas daninhas usando uma ferramenta manual mecânica. Isso mantém o solo aerado e melhora o crescimento das plantas.
- Use adubo orgânico e composto para manter o solo fértil.
Agora, dez milhões de pequenos agricultores, em mais de 55 países, têm uma produtividade maior com esse sistema.
CONSORCIAÇÃO DE CULTURAS
Há séculos, os agricultores têm plantado culturas combinadas entre si. Comparada à abordagem mais moderna de plantar uma cultura em grandes campos (monocultivo), essa técnica tem muitas vantagens e é frequentemente usada na agricultura de conservação.
- O plantio de culturas que variam em altura e estrutura radicular aproveita ao máximo a água, a luz e os nutrientes disponíveis no solo, aumentando a produtividade geral.
- As culturas que florescem em diferentes épocas sustentam populações de insetos importantes para a polinização e/ou o controle de pragas.
- As plantas variam em sua suscetibilidade às pragas, às doenças e à seca, portanto, se uma cultura for afetada, é provável que as outras permaneçam saudáveis.
- As doenças e as pragas podem se propagar rapidamente em uma monocultura. A consorciação de culturas interrompe essa propagação.
- Enquanto uma cultura está sendo colhida, os insetos e os animais úteis podem se esconder nas plantas da outra ou das outras culturas. Em uma monocultura, muitos insetos que se alimentam de pragas são perdidos porque a colheita é feita no campo todo, ao mesmo tempo.
- A maior parte do solo é coberta por culturas, portanto, há menos ervas daninhas, o solo absorve a água da chuva, e o risco de erosão do solo diminui.
- As plantas companheiras, cuidadosamente escolhidas, podem aumentar a produtividade da cultura principal por adicionarem nutrientes ao solo, fornecerem sombra ou apoio estrutural ou atraírem pragas para longe da cultura.
- A consorciação de culturas aumenta a resiliência e melhora os meios de vida, porque as famílias não dependem de uma só colheita e de uma só cultura. Elas podem se adaptar à mudança climática testando e plantando diferentes combinações de culturas. Cultivar várias plantas comestíveis em conjunto pode melhorar a nutrição da família.
Há vários métodos de consorciação de culturas:
Fileiras: são cultivadas duas ou mais culturas ao mesmo tempo, sendo que pelo menos uma delas é plantada em fileira.
Faixas: são cultivadas diferentes culturas em faixas alternadas, com fileiras grandes o suficiente para permitir a colheita com máquinas.
Substituição: é plantada uma segunda cultura no mesmo terreno depois que a primeira cultura atinge um certo estágio de crescimento.