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Protegendo os meios de vida, salvando vidas

Embora proteger a vida das pessoas nos desastres seja a principal prioridade, proteger seus meios de vida é quase tão importante

Disponível em Inglês, Francês, Português e Espanhol

As inundações no Paquistão, em 2010, afetaram 20 milhões de pessoas. Foto: Ashraf Mall/Tearfund

De: Gestão de desastres – Passo a Passo 88

Como se preparar para os desastres e reduzir o risco de que eles ocorreram

Embora proteger a vida das pessoas nos desastres seja a principal prioridade, proteger seus meios de vida é quase tão importante. Se as pessoas perderem sua capacidade de se alimentarem, sua sobrevivência em longo prazo será incerta, e elas se tornarão muito mais vulneráveis ao próximo desastre.

Primeiro precisamos compreender quais são os meios de vida das pessoas – todas as formas de produzir alimento, ganhar a vida e garantir o suprimento de suas necessidades. Então, conversando com a comunidade, podemos procurar maneiras de:

PROTEGER OS MEIOS DE VIDA VULNERÁVEIS

Em Bangladesh, as pessoas que vivem em ilhas fluviais encontraram muitas soluções engenhosas para proteger seus meios de vida durante as inundações. Uma delas é a “horta flutuante”. Ao invés de serem cultivados no solo, os legumes são cultivados numa plataforma feita de aguapés empilhados uns sobre os outros e cobertos com terra. Durante uma inundação, a plataforma flutua na água, e os legumes sobrevivem. Você pode ler mais sobre as hortas flutuantes na Passo a Passo 77.

Ilustrações de Amy Levene

Ilustrações de Amy Levene

O parceiro da Tearfund Eagles trabalha com pessoas locais no Malaui para melhorar as práticas agrícolas. Foto: Marcus Perkins/Tearfund

O parceiro da Tearfund Eagles trabalha com pessoas locais no Malaui para melhorar as práticas agrícolas. Foto: Marcus Perkins/Tearfund

No Malaui, os pequenos agricultores são muito vulneráveis à seca. Os parceiros da Tearfund ensinaram-lhes sobre a conservação do solo e da água, inclusive a aplicação de esterco, composto, captação de água, agrossilvicultura e a formação de leivas (trechos de terra mais elevados) nas curvas de nível para diminuir a velocidade do escoamento de água. Estas técnicas reduzem a erosão e ajudam o solo a segurar mais água, permitindo que mais culturas e terras agrícolas sobrevivam aos períodos de seca.

AUMENTAR A RESILIÊNCIA AOS DESASTRES

Quando conversamos sobre os desastres com as comunidades, muitas vezes, elas sabem dizer se um meio de vida é menos vulnerável ao desastre do que os outros. Podemos, então, tentar ajudá-las a tornar este meio de vida mais produtivo.

No Norte Do Afeganistão, duas graves secas nos últimos quatro anos afetaram duramente os agricultores. Porém, havia uma importante indústria local que não dependia das chuvas: tecelagem de tapetes. O fio têxtil usado nos tapetes afegãos é fiado por mulheres da localidade com lã importada. Mesmo num ano de seca, a fiação de lã pode trazer uma renda significativa para estes povoados do norte.

Neste caso, a Tearfund procurou formas de fortalecer este meio de vida resiliente aos desastres e, com sucesso, introduziu rodas de fiação a pedal em áreas onde as mulheres antes fiavam a lã à mão. As rodas ajudaram as mulheres a produzir quatro vezes mais fio para vender aos comerciantes locais.

INTRODUZIR MEIOS DE VIDA ALTERNATIVOS

Se as pessoas dependerem completamente de um ou dois meios de ganhar a vida, elas se tornarão muito vulneráveis aos desastres. É importante ajudá-las a experimentar novas oportunidades, para que tenham diversos meios de vida.

Em Bangladesh, os parceiros da Tearfund incentivaram as pessoas que vivem em áreas com propensão à inundação a começarem a criar patos (que nadam) ao invés de galinhas (que se afogam).

No Malaui, os parceiros mostraram aos agricultores novas culturas que toleram uma variedade maior de condições do clima e do solo: batata-doce, feijão, mandioca, amendoim, soja e ervilha de angola.

Para obter ideias de novos meios de vida que possam ser adequados para sugerir às comunidades na sua área, você pode entrar em contato conosco pelo e-mail [email protected]

Joel Hafvenstein trabalha como Assessor de Redução do Risco de Desastres e Meio Ambiente na Tearfund. 

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