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Promoção de mudança positiva

Queremos ver as comunidades e as pessoas transformadas e florescendo. Mas como podemos fazer com que isso aconteça? Como seria isso? E como podemos ver se estamos ou não fazendo progresso em direção a este objetivo?

2017 Disponível em Inglês, Francês, Português e Espanhol

Revistas Passo a Passo em francês, espanhol, português e inglês, espalhadas sobre uma mesa de madeira

De: Impacto e mudança – Passo a Passo 100

Como as mudanças positivas ocorrem e qual a melhor forma de medi-las

Como mudamos as coisas para melhor? Provavelmente todos nós já nos fizemos esta pergunta em algum momento. Queremos ver as comunidades e as pessoas transformadas e florescendo. Mas como podemos fazer com que isso aconteça? Como seria isso? E como podemos ver se estamos ou não fazendo progresso em direção a este objetivo?

Abaixo estão algumas coisas que podem ajudar a causar uma mudança real e positiva.

Compreender a necessidade

Podemos achar que identificamos uma necessidade na comunidade em que vivemos ou trabalhamos. Por exemplo, podemos notar que as crianças não estão indo à escola. Podemos achar que ter mais professores ou melhores escolas faria a diferença. Porém, talvez, a falta desses não seja o principal motivo do problema. Talvez as crianças estejam ficando doentes por causa da falta de água potável e, por isso, estejam deixando de ir escola. Ou, talvez, as famílias não tenham dinheiro para mandar os filhos para a escola devido a uma perda de colheita.

Se passarmos algum tempo conversando com os membros da comunidade sobre sua situação, poderemos compreender onde está a raiz do problema. Também poderemos descobrir quais são, na sua opinião, suas necessidades mais urgentes.

Participação comunitária

Muitos projetos de desenvolvimento fracassam, porque a comunidade não foi envolvida. Para promover uma mudança positiva que dure, é importante incluir a comunidade em todas as fases do processo.

Além de identificarem suas necessidades, é importante que os membros da comunidade pensem sobre suas próprias capacidades e recursos para resolver os problemas que enfrentam. Eles podem contribuir com o trabalho ou os recursos necessários, por exemplo. Os membros da comunidade também devem ser envolvidos no planejamento do projeto e no monitoramento e revisão do progresso alcançado. É vital incentivá-los a fazer comentários sinceros ao longo do projeto todo. Precisamos tratar os membros da comunidade com dignidade e prestar-lhes conta do trabalho que fazemos.

Planejar bem

Depois que soubermos o que precisa ser mudado, podemos ser tentados a nos apressarmos e querermos começar a trabalhar. No entanto, precisamos de algum tempo para pensarmos sobre como exatamente promoveremos as mudanças que desejamos. A mudança é sempre confusa e complicada, mas, se planejarmos bem, provavelmente teremos menos problemas.

Há muitos guias disponíveis que ajudam com os detalhes da montagem de um projeto (consulte a página de Recursos para ver informações sobre ROOTS 5: Gestão do ciclo de projetos). Devemos considerar quem será afetado por nosso projeto e quem poderia influenciá-lo – talvez tenhamos de obter sua participação ou apoio. Também precisamos pensar sobre os riscos que o projeto poderia acarretar e como minimizá-los.

É claro que um projeto geralmente custa dinheiro – e, por isso, precisamos elaborar um orçamento. Monitorar um projeto para ver se ele está no caminho certo do ponto de vista financeiro é essencial para que ele seja bem-sucedido e para prestarmos contas das nossas verbas.

O ciclo do projeto

Monitorar e avaliar nosso trabalho

É vital monitorarmos e avaliarmos nossos projetos e programas. Precisamos fazer um plano de monitoramento e avaliação enquanto ainda estivermos planejando o projeto.

O monitoramento é o processo contínuo de coleta de dados ao longo do projeto. Ele nos permite identificar os problemas já no início, dando-nos a oportunidade de fazermos as alterações necessárias. Ele também nos mostra o progresso que estamos fazendo em direção aos nossos objetivos. Ele responde à pergunta: “Como estamos indo?”

A avaliação é realizada no final de um projeto ou programa, mas, às vezes, também na metade. Avaliação é a forma como analisamos as mudanças que nosso trabalho causou e que probabilidade elas têm de durar. A avaliação responde à pergunta: “Que diferença fizemos?”

Com frequência, trabalhamos em situações desafiadoras, e é sempre difícil acertar tudo da primeira vez. Ao refletirmos sobre nossas ações, podemos celebrar e construir sobre o que funcionou bem e aprender com o que não tiver ido tão bem. Isso nos permite (e a outros também) aprender com a nossa experiência.

Impactos não intencionais

Naturalmente, nosso projeto pode causar algumas mudanças inesperadas. Talvez nem todas elas sejam positivas. Por exemplo, as pessoas podem ter ficado zangadas em alguma reunião comunitária que realizamos durante o projeto. Isso pode ter despertado antigas áreas de conflito na comunidade. Devemos monitorar e avaliar nosso projeto cuidadosamente para ver se houve algum impacto não intencional, de maneira que possamos aprender lições importantes para o futuro. Também podemos celebrar e aprender com os impactos positivos inesperados. Por exemplo, unir-se para defender e promover direitos em torno de uma questão pode ajudar a unir uma comunidade, mesmo que não haja mudança quanto ao problema em si.

Pensar na pessoa como um todo

Pode ser fácil considerar uma comunidade sob apenas um ponto de vista – por exemplo, vendo apenas suas necessidades materiais. Mas cada comunidade e indivíduo é muito mais complexo do que isso. Na Tearfund, vemos a pobreza como mais do que a simples falta de bens materiais. Acreditamos que a mudança real e duradoura envolve a restauração de nosso relacionamento com Deus, uns com os outros e com o meio ambiente. Dependemos da orientação e do poder de Deus para transformarmos a vida das pessoas e das comunidades.

Na Tearfund, estamos desenvolvendo uma ferramenta para medir a mudança nas seguintes áreas:

  • participação e influência;
  • conexões sociais;
  • relacionamentos pessoais;
  • fé viva;
  • saúde emocional e mental;
  • saúde física;
  • gestão do meio ambiente;
  • bens e recursos materiais;
  • capacidades. 

Podemos medir estas coisas antes, durante e após um projeto para vermos que mudanças o nosso trabalho está ajudando a alcançar. 

Terminar bem

No final de um projeto, é importante celebrar seu sucesso. A celebração é uma forma de reconhecer toda a colaboração das pessoas para o projeto. Por exemplo, se tivermos construído um novo banco de cereais na nossa comunidade, poderíamos realizar uma cerimônia oficial de inauguração e convidar todas as pessoas que participaram. Realizar uma celebração pode inspirar as pessoas para que tomem parte em futuros projetos de desenvolvimento, levando a outras mudanças positivas.

Baseado em informações de ROOTS 5: Gestão do ciclo de projetos. Veja a página de Recursos para obter informações sobre como encomendar ou baixar esse guia.

Ilustração de Project/programme monitoring and evaluation (M&E) Guide (Guia de monitoramento e avaliação de projetos/programas) da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FISCV)

Ilustração de Project/programme monitoring and evaluation (M&E) Guide (Guia de monitoramento e avaliação de projetos/programas) da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FISCV)

O que é um indicador?

Os indicadores ajudam-nos a responder à pergunta: “Como saber se chegamos lá?” Eles fornecem evidências ou indícios de que a mudança ocorreu.

Indicadores quantitativos: mostram-nos a escala da mudança. Eles podem ser medidos ou contados – por exemplo, o número de crianças na escola ou a renda média.

Indicadores qualitativos: medem a qualidade e a profundidade da mudança. Eles dizem respeito a coisas que não podem ser vistas e são difíceis de contar, como atitudes, sentimentos, percepções e comportamentos. 

Pensar sobre os indicadores ao planejar um projeto pode ajudar-nos a definir alvos para o nosso trabalho.


Estudo de caso: Monitoramento de concessões em espécie no Iraque

No verão de 2014, um grande número de pessoas fugiu para a região do Curdistão, no Iraque, para escapar de conflitos. À medida que o inverno se aproximava, essas famílias começaram a enfrentar muitas dificuldades.

Os funcionários da Tearfund avaliaram as necessidades dessas pessoas e viram que seu principal problema era abrigo, seguido da falta de aquecimento, combustível e roupas quentes. Era possível e seguro comprar esses itens localmente. A equipe realizou uma pesquisa e descobriu que dinheiro em espécie seria o tipo mais útil de assistência para essas pessoas. Assim, eles decidiram dar concessões de emergência em espécie às famílias deslocadas. Isso permitiria a cada família satisfazer suas necessidades mais urgentes.

Na fase de planejamento, a equipe da Tearfund realizou reuniões em grupo com líderes comunitários e grupos vulneráveis, tais como os idosos. Eles perguntaram aos idosos se eles poderiam viajar até os locais onde o dinheiro seria distribuído. Os membros idosos do grupo asseguraram-lhes que não haveria problema.

A equipe monitorou o projeto cuidadosamente. Quando distribuíram as concessões, eles realizaram uma pesquisa para verificar o quão satisfeitas as pessoas estavam. Na pesquisa, eles descobriram que os idosos tinham tido dificuldade para chegar aos locais escolhidos.

A equipe percebeu que seria necessário replanejar o projeto antes de continuar. Eles decidiram que, no futuro, visitariam os idosos em suas casas para lhes entregar suas concessões em espécie. Isso funcionou muito melhor. 

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