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Um petisco saboroso

Entusiasmo com a chegada de uma iguaria sazonal em Uganda

Andrew Osuta 2022

Grilos fritos com cebolas, em Uganda

Grilos fritos com cebola em Uganda. Foto: Mariya Sukhoveyko/Shutterstock

Três mulheres na República Democrática do Congo limpando lagartas, colhidas das árvores ao redor de seu povoado, em uma grande tigela

De: Insetos – Passo a Passo 115

Por que os insetos são importantes e como podemos cuidar deles e nos beneficiar com eles

Novembro é o mês para coletar, vender e celebrar o nsenene, um tipo de grilo do mato e o inseto comestível favorito em Uganda. Esse tipo de grilo – Ruspolia differens – tem sido consumido em Uganda há séculos.

O ar úmido da segunda estação chuvosa em Uganda faz com que enxames de nsenene migrem por toda a região em busca de alimentos e parceiros de acasalamento. Centenas de pessoas vão às ruas e aos campos e todos ficam muito animados com a coleta, venda, preparação e consumo dessa iguaria sazonal.

“Quando começava a chover no mês de novembro, nós sabíamos que o nsenene também apareceria. Costumávamos correr para Arua para coletá-los, porque era o único lugar com uma fonte segura de eletricidade”, lembra Flora, uma moça de 28 anos que passou muito tempo coletando os insetos à mão quando era criança.

Agora há eletricidade na cidade onde Flora vive e a cada novembro lâmpadas elétricas são fixadas a grandes painéis de metal. A luz atrai os grilos, eles se chocam contra os painéis de metal e caem em sacos de polietileno.

“A minha melhor colheita foi em novembro de 2018, quando vendi nsenene por 6 milhões de xelins (cerca de US$ 1.644)”, diz Flora.

As senhoras reúnem-se perto das feiras de frutas e legumes e colocam o nsenene verde, marrom e amarelo em bandejas de palha entrelaçadas. Elas vendem os insetos em qualquer quantidade – até mesmo às colheradas – para que todos possam se dar ao luxo de saborear esse delicioso e nutritivo petisco. Crianças e senhoras carregam sacolas ou cestos cheios de insetos sobre a cabeça, vendendo-os às pessoas que passam, ávidas por consumi-los.

A maioria dos grupos de poupança do vilarejo registra um aumento nas economias no mês de novembro, devido ao processamento e venda do inseto.

“Nada se perde com o nsenene”, diz Asiku, um eletricista da região que costuma ser contratado para instalar as lâmpadas na época da coleta.

  Andrew Osuta

Andrew Osuta é nutricionista da Action Against Hunger, em Uganda.

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