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Artigos

Diálogos comunitários

Quando as pessoas têm a oportunidade de discutir os problemas que são importantes para elas, os conflitos podem ser resolvidos pacificamente

Escrito por Leila Ngabirano 2024

Um jovem do Burundi, vestindo uma camiseta rosa e sorrindo para a câmera

Reverien Rwasa é promotor da paz no Burundi. Foto: Paul Mbonankira/Tearfund

No Burundi, um homem sorridente, em pé, no meio de um grupo de mulheres sentadas, vestidas com roupas coloridas

De: Paz e reconciliação - Passo a Passo 121

O que podemos fazer para ajudar a construir a paz e promover a reconciliação em casa e em nossa comunidade

“Percebi que ficar com raiva ou brigar não é a solução. Mas a humildade ajuda-nos a chegar a um acordo com a pessoa com quem estamos em conflito”, diz Reverien Rwasa, um promotor da paz no Burundi.

Reverien foi treinado por uma organização parceira da Tearfund, a Help Channel Burundi, para incentivar as pessoas a entrarem em acordo sobre questões difíceis conversando entre si – uma abordagem conhecida como “diálogo comunitário para a transformação de conflitos”. 

Após o treinamento, Reverien facilitou uma série de workshops para ajudar sua comunidade a refletir sobre os conflitos que a afetam e capacitá-la para transformá-los.

Depois de várias semanas de sessões de diálogo, a comunidade de Reverien identificou várias coisas que poderia fazer para ajudar a reduzir a incidência de conflitos no local. Ela formou um comitê de construção da paz, começou a organizar jogos de futebol para melhorar a coesão comunitária e disponibilizou tempo e espaço para que as pessoas falassem sobre seus desentendimentos com um mediador neutro.

Com o tempo, Reverien ficou encantado ao ver uma redução no número de brigas levadas às autoridades governamentais locais. 

Ele contou: “As pessoas costumavam apresentar queixas às autoridades locais duas vezes por semana, mas elas diminuíram muito. Quando as pessoas têm a oportunidade de discutir os problemas que são importantes para elas, os conflitos podem ser evitados e resolvidos pacificamente.”

Montanhas e um vale em Kimate, no Burundi, com plantas e árvores verdes

Paisagem em Kimate, no Burundi. Foto: Paul Mbonankira/Tearfund

Aprendizagem através do teatro

Durante um evento do Dia da Paz, organizado pelos promotores da paz na província de Bururi, no Burundi, membros da comunidade, líderes religiosos e representantes do governo e da polícia reuniram-se para ouvir testemunhos e ficar sabendo mais sobre os benefícios dos diálogos comunitários.

O evento incluiu uma dramatização que contava a história de dois filhos. Na dramatização, cada filho dá uma bebida alcoólica ao pai para persuadi-lo a lhe dar uma vaca como parte de sua herança. Após a morte do pai, os filhos descobrem que herdaram a mesma vaca e quase matam um ao outro. Os vizinhos intervêm e o caso é levado ao ancião do povoado.

O ancião estuda o caso e, então, decide que um dos filhos é o vencedor do litígio. O filho que perdeu jura vingança contra o irmão. O irmão vencedor, temendo por sua vida, fala com uma promotora da paz sobre a situação. Ela ouve ambos os irmãos e os incentiva a tentarem compreender a causa fundamental do conflito. No final, os dois filhos admitem que erraram ao embebedar o pai para herdar a vaca e concordam em compartilhá-la como irmãos. 

 
Um grupo de pessoas em um salão, falando ao microfone como parte de um workshop de teatro no Dia da Paz no Burundi

Os promotores da paz participam de uma dramatização durante um evento do Dia da Paz no Burundi. Foto: Ildéphonse Niyokindi

Pregar a paz

No final do evento, o governador de Bururi disse: “A dramatização mostrou-nos que a chave para resolver um conflito é ouvir e compreender as partes.

“Sempre que houver paz, haverá união, colaboração e desenvolvimento. Peço aos construtores da paz que continuem pregando a paz e a dando um bom exemplo aos outros.”

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Escrito por  Leila Ngabirano

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