É muito fácil produzir lixívia a partir de vários tipos de vegetação local. Nesta região, utilizamos principalmente cascas de feijão, de milho, folhas de mamoeiro, relva (grama) e juncos de papiro – que possuem poucos outros usos aqui.
A vegetação é cortada e queimada, enquanto ainda está verde. As cinzas são recolhidas e colocadas num recipiente grande. Elas são, então, misturadas com água da chuva em recipientes menores e passadas várias vezes por tecidos limpos, para retirar as partículas de sujidade (sujeira). O líquido filtrado é guardado em grandes potes ou em garrafas de plástico. Este líquido também pode ser aquecido em panelas a alta temperatura, para que evapore, deixando cristais de sal. O produto final é, assim, ou sal líquido em solução, ou cristais de sal.
Começamos a produzir lixívia em 1997, como um projeto de iniciativa da comunidade aqui em Vihiga, o qual incentivou o uso da tecnologia local e proporcionou uma atividade geradora de recursos para as pessoas. Providenciamos para que a lixívia seja analisada num laboratório científico, para descobrirmos as quantidades dos ingredientes que ela contém.
O Reverendo Francis King’ang’a é o coordenador de projetos do Vihiga Community Lye Production Centre, PO Box 1071, Maragoli, Vihiga, Quênia.