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Artigos

Trabalhando com medicamentos tradicionais

René Gayana Simbard. O Instituto Pan-Africano de Saúde Comunitária (IPASC) na RD do Congo possui vários departamentos, entre eles, de treinamento, pesquisa, cuidados de saúde, cuidados de saúde materna e consultas.

2001 Disponível em Português, Espanhol, Inglês e Francês

Revistas Passo a Passo em francês, espanhol, português e inglês, espalhadas sobre uma mesa de madeira

De: Medicamentos tradicionais – Passo a Passo 48

Uma discussão sobre como usar os medicamentos tradicionais com segurança e eficácia

René Gayana Simbard.

O Instituto Pan-Africano de Saúde Comunitária (IPASC) na RD do Congo possui vários departamentos, entre eles, de treinamento, pesquisa, cuidados de saúde, cuidados de saúde materna e consultas.

A maioria das comunidades em que trabalhamos são pobres e as pessoas freqüentemente não têm dinheiro para os cuidados com a saúde. Nos últimos anos, descobrimos que um número cada vez maior de pessoas têm morrido de doenças comuns, as quais são fáceis de tratar com medicamentos. Assim, investigamos como poderíamos usar as plantas locais com propriedades medicinais, para reduzir os custos dos cuidados com a saúde.

Ênfase prática

Para aceitar este desafio, a IPASC iniciou um projeto de pesquisa de medicina tradicional. A IPASC sempre incluiu aulas sobre a medicina tradicional em seus cursos, mas, até recentemente, não enfatizava os aspectos práticos. Levou quase dois anos para que este sonho se tornasse realidade. O objetivo da IPASC é identificar as plantas locais com propriedades medicinais, preparar remédios com elas, examinar pacientes e, após consulta, dar-lhes o tratamento. Como resultado, usamos medicamentos tradicionais para tratar a malária, o tifo, a disenteria amebiana, os vermes intestinais, tosses, a gastrite, infecções de ouvido, o reumatismo, a impotência e muitos outros problemas. Todos os tratamentos são, primeiro, experimentados e testados (claro que, para os sintomas mais sérios, tentamos encontrar a causa fundamental, se pudermos).

Trabalhamos diretamente com a Anamed, em Kivu Sul, com a CRMS (Centro de Pesquisa Multidisciplinar para o Desenvolvimento) em Bunia e o Centro de Terapia com Plantas em Bunia, assim como com muitos curandeiros tradicionais.

Alguns dos problemas

Encontramos várias dificuldades:

  • Alguns pacientes param o seu tratamento assim que se sentem um pouco melhor, e não os vemos mais nos centros. Isto torna difícil sabermos até que ponto o tratamento foi eficaz.
  • Quando um paciente se sente melhor, ele geralmente recusa-se a ser examinado ou permitir que o seu problema seja controlado por nosso laboratório.
  • Os pacientes têm relutância em pagar os tratamentos com ervas, mesmo que lhes peçamos uma quantia muito pequena.

René Gayana Simbard é o representante da medicina tradicional em Nyankunde, IPASC, PO Box 21285, Nairobi, Quênia.
E-mail:
[email protected]

Notícia - Tratamento alternativo para a tuberculose

Existe agora um tratamento alternativo para pessoas com tuberculose. Ele consiste em tomar muito menos comprimidos do que o tratamento atual, de 16 comprimidos por dia. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o novo tratamento reduz o número de comprimidos para até 3 ou 4 por dia nos primeiros dois meses, e apenas 2 por dia, durante mais 4-6 meses. O tratamento é também mais eficaz na prevenção da propagação das formas de tuberculose resistentes às drogas.

O novo tratamento (conhecido como combinações de doses fixas – CDF) usa comprimidos em combinação contendo até quatro drogas diferentes. Ele baseia-se no tratamento DOTS (Tratamento Diretamente Observado de Curta Duração), recomendado atualmente, introduzido pela OMS em meados dos anos 90. O CDF também diminui o custo do tratamento.

Há aproximadamente oito milhões de novos casos de tuberculose por ano, e, no mínimo, dois milhões de pessoas morrem devido a esta doença no mundo. Oitenta por cento dos pacientes com tuberculose encontramse na Ásia e na África.

No momento, os pacientes com tuberculose precisam de tomar até 16 comprimidos por dia, por, pelo menos, 2 meses, e, depois, até 9 por dia, durante mais 4-6 meses, a fim de se recuperarem totalmente. Muitos pacientes não terminam o tratamento, quando se sentem melhor. O resultado é que eles não estão curados e a resistência às drogas propaga-se.

O Dr Spinaci, da WHO, diz “Este trabalho pioneiro com as combinações de doses fixas pode ser desenvolvido também, para ser usado no tratamento de outras doenças infecciosas, tais como a malária e o HIV/AIDS (SIDA).”

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