Este é um resumo da história da vida de negócios de Charles Asso, um homem que não desistiu depois que seu negócio fracassou várias vezes ao longo de 16 anos. Porém, mesmo uma grande perseverança não podia ajudar seu quiosque a sobreviver. Pessoas como Charles precisam aprender como administrar bem um negócio e como lidar com as situações culturais.
Na nossa organização, a Yayasan Oikonomos Papua, com freqüência, encontramos homens e mulheres como Charles Asso. Desde o início, a Yayasan Oikonomos Papua começou a ajudar as pessoas, dando-lhes a oportunidade de fazer cursos na nossa escola comercial e receber microcrédito. Nós logo vimos que esta ajuda não era suficiente, então, começamos o nosso “programa de incubação”. As pessoas agora podem entrar para as unidades de treinamento, como por exemplo, quiosques ou lojas de aluguel de computador, para serem treinadas num ambiente comercial durante vários meses. Assim, elas ficam mais bem preparadas para manterem seu negócio em andamento depois de iniciá-lo. Através do programa, também treinamos pessoas a longo prazo, através do acompanhamento. O treinamento e o acompanhamento de longo prazo são fatores fundamentais para o sucesso.
Superando as dificuldades
Os empresários papuásios precisam superar muitas dificuldades. Sete das dificuldades principais enfrentadas por eles são:
Os empresários dão artigos e dinheiro para os seus parentes e, assim, perdem dinheiro e não podem reinvestir na empresa. (Os papuásios sentem-se obrigados a fazer isto para manter as relações e evitar maldições ligadas às suas raízes animistas.)
A falta de uma boa contabilidade causa gastos irresponsáveis.
- Disciplina, motivação e foco
Os empresários não têm disciplina e motivação para trabalhar arduamente para a empresa porque têm baixas expectativas de sucesso.
Há falta de uma boa infra-estrutura de transporte em Papua Ocidental, o que dificulta para que os proprietários de empresas transportem os seus produtos para o mercado.
Os papuásios são “programados” com o sistema de status social indonésio. Por exemplo, trabalhar num quiosque é para o povo javanês, a horticultura é para os papuásios e a carpintaria é para as pessoas da cidade de Manado. Isto cria uma baixa auto-estima e falta de motivação para escapar desta maneira de pensar.
Os papuásios freqüentemente têm de pagar preços mais altos que os não papuásios pelas matérias-primas e, assim, têm de cobrar preços mais altos para obter um lucro.
O aumento do preço dos suprimentos cria dificuldades para a obtenção de um lucro.
Para melhorar o microempreendimento, recomendamos as seguintes medidas:
- Criar e cultivar modelos exemplares (também conhecidos como “agentes de mudança”).
- Dar mais atenção para a contabilidade e a poupança privadas.
- Visitar as pessoas após as sessões de treinamento para fazer um acompanhamento e oferecer apoio.
- Incluir mais informações sobre os aspectos sociais e culturais nas sessões de treinamento.
- Ensinar as pessoas sobre as respostas cristãs para as crenças e maldições animistas.