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Artigos

Na linha de frente

Como reduzir o estresse relacionado com o trabalho

Escrito por Karla Jordan 2021 Disponível em Inglês, Francês, Espanhol e Português

Um funcionário local da Tearfund tira a impressão digital de um deslocado interno como parte de um programa de assistência em dinheiro, no Iraque

Uma funcionária local da Tearfund tira a impressão digital de um deslocado interno como parte de um programa de assistência em dinheiro no Iraque

Um homem chamado Festus, vestindo um avental vermelho, sorrindo e segurando um recipiente de plástico com o sabão líquido que ele vende em seu negócio

De: Saúde mental e bem-estar – Passo a Passo 113

Ideias práticas para ajudar a construir resiliência e melhorar o bem-estar

As pessoas que trabalham com membros de sua própria comunidade que sobreviveram a eventos traumáticos estão expostas a muitos desafios físicos e emocionais.

Por exemplo:

  • Elas provavelmente trabalham em situações difíceis e perigosas ao mesmo tempo que procuram atender às necessidades dos membros da sua família.
  • Muitas vezes, elas próprias passaram ou estão passando por uma crise e podem estar sofrendo de trauma.
  • Eles podem estar sofrendo a dor da perda de entes queridos.
  • À medida que apoiam outros sobreviventes e ouvem suas histórias, elas podem ficar cada vez mais tristes e estressadas (conhecido como o “trauma vicário” ou estresse traumático secundário).

No Iraque, muitos membros da equipe nacional da Tearfund eram sobreviventes dos ataques de 2014 do Estado Islâmico no Iraque e na Síria e dos deslocamentos subsequentes. Todos os dias, eles precisavam passar pelos postos de controle militar, lidavam com as expectativas da comunidade e prestavam serviços essenciais de apoio.

Em reconhecimento às pressões pelas quais eles estavam passando, a Tearfund, juntamente com uma organização parceira local, lançou uma iniciativa em 2019 para apoiar sua resiliência e bem-estar.

A iniciativa consistia em três componentes:

  1. Treinamento sobre temas como estresse, autocuidado, gestão de estresse interpessoal e compreensão sobre trauma.
  2. Consultas periódicas em grupo com um terapeuta local para ajudá-los a falar sobre os desafios, inclusive o estresse relacionado com o trabalho, a perda e o luto.
  3. Consultas individuais para os funcionários que precisassem de apoio psicológico privado.

Os participantes disseram que seu principal aprendizado foi sobre as estratégias de autocuidado e enfrentamento. Um membro da equipe disse: “Sinto-me mais preparado para enfrentar o estresse. Eu costumava evitar o estresse, mas agora sei que consigo geri-lo melhor no âmbito pessoal”.

Outros notaram mudanças no comportamento da equipe, inclusive uma melhor compreensão mútua, compaixão e paciência. “Esse tipo de treinamento é muito útil”, disse um participante. “Ele proporciona um espaço para conversarmos uns com os outros e entendermos como nossos colegas estão se sentindo.”

Trauma vicário (ou estresse traumático secundário) 

Qualquer pessoa que trabalhe com sobreviventes de eventos traumáticos, tais como desastres naturais, guerras, acidentes ou violência sexual e de gênero, pode sofrer de trauma vicário. Entre essas pessoas, estão os voluntários de igrejas e comunidades, os trabalhadores da área de desenvolvimento e os profissionais de saúde. 

O trauma vicário pode resultar em:

  • sentimentos persistentes de raiva e tristeza sobre a situação da pessoa;
  • distanciamento, apatia e desapego;
  • manter-se ocupado e evitar ouvir histórias de experiências traumáticas.

Se você se sente extremamente abalado pelo que vê, ouve ou vivencia, é importante conversar com alguém sobre seus sentimentos.

Além disso, procure usar estratégias de autocuidado para ajudar a lidar com os diferentes estresses associados ao seu trabalho.

Por exemplo:

  • Evite longas horas de trabalho, faça pausas regulares e tire uma folga quando precisar.
  • Seja realista sobre o que você tem condições de alcançar.
  • Procure apoio social e de pares junto a seus parentes, amigos e colegas.

Escrito por

Escrito por  Karla Jordan

Karla Jordan trabalhou como assessora de Proteção na Tearfund Iraque até o início de 2020.

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