Ana cresceu em uma família típica boliviana, em que era esperado que as mulheres permanecessem em silêncio. Porém, seu marido, um pastor de igreja, conseguia ver sua sabedoria e sabia que sua voz deveria ser ouvida. Assim, aos poucos, ele começou a treiná-la e prepará-la como facilitadora.
Um dia, o marido de Ana anunciou que queria que ela facilitasse uma reunião da igreja. Ela ficou apavorada e respondeu: “Não! Eu não sei falar em público!” O marido gentilmente respondeu: “Deus deu-lhe talentos e você deve usá-los para ajudar outras mulheres a crescer, assim como você cresceu”.
Ao ser chamada para a falar na frente de todos, Ana não parava de sussurrar: “Eu não vou conseguir!” Porém, ela olhou para as filhas sentadas na primeira fileira e para as outras mulheres na sala e decidiu tentar.
Como Ana usou sua cordialidade e personalidade para facilitar com grande habilidade o encontro, muitas mulheres encontraram coragem para falar e suas filhas sentiram-se inspiradas para seguir seu exemplo.
Desenvolvimento de confiança
Ana era nossa mãe. Infelizmente, ela faleceu em 2017, mas, em nosso trabalho como treinadoras de facilitadoras de grupos de poupança, muitas vezes pensamos na maneira como ela nos incentivou – assim como a muitas outras pessoas – a sermos corajosas, nos manifestarmos, nos envolvermos e usarmos nossos dons e talentos.
Quando trabalhamos com novas facilitadoras, temos em mente os princípios encontrados na próxima página, que aprendemos com Ana.