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Artigos

Nutrição infantil

Uma boa nutrição durante os primeiros anos de vida de uma criança é muito importante

Escrito por Astrid Klomp 2023

Uma mãe do Malawi sentada em uma esteira sorrindo para a filha que olha para a câmera

Alaya e a filha, Emily, brincando juntas no Malawi. Foto: Alex Baker/Tearfund

Três mulheres da Guatemala sorridentes, uma delas grávida, segurando tigelas de comida em uma cozinha com paredes de madeira.

De: Alimentos e nutrição - Passo a Passo 119

Como comer bem, lidar com a desnutrição e reduzir o desperdício de alimentos

A boa nutrição durante os primeiros anos de vida de uma criança ajuda a protegê-la contra doenças e é crucial para um bom crescimento e desenvolvimento.

As comunidades têm um papel importante a desempenhar no apoio à nutrição das mães e dos bebês, inclusive reconhecendo a necessidade das mulheres grávidas de descansar, consumir uma variedade de alimentos nutritivos e beber bastante água potável. 

Depois do parto, as novas mães precisam continuar descansando e comendo bem e podem precisar de ajuda extra enquanto aprendem a amamentar o bebê. Os grupos de apoio para os novos pais podem ser úteis, bem como o aconselhamento entre pares e visitas domiciliares de parteiras locais ou voluntários e voluntárias de saúde comunitária.

Em situações de emergência ou conflito, proporcionar espaços privados e seguros para as mães amamentarem pode ajudá-las a continuar alimentando seus bebês sem se preocuparem com o que está acontecendo ao seu redor. Esses também podem ser espaços onde as mães podem falar sobre suas preocupações, o que ajuda a proteger sua própria saúde e bem-estar, bem como a saúde e o bem-estar de seus filhos. 

Amamentação

O leite materno é o melhor alimento para os bebês. Ele é seguro e limpo e fornece toda a energia e os nutrientes de que um bebê precisa nos primeiros meses de vida. 

O leite materno ajuda os bebês a desenvolver sistemas imunológicos fortes. À medida que um bebê entra em contato com diferentes doenças, sua saliva faz com que o organismo da mãe produza anticorpos muito específicos no leite materno, os quais oferecem proteção contra doenças e ajudam o bebê a se recuperar caso fique doente.

Uma mãe da Guatemala amamentando seu bebê em uma sala com paredes feitas de chapas de aço corrugado

Angela, na Guatemala, amamentando seu bebê, Antonio. Foto: Caroline Trutmann Marconi/Tearfund

As mães frequentemente se preocupam com a possibilidade de não produzirem leite suficiente. No entanto, quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. Portanto, os bebês devem mamar quantas vezes quiserem – tanto de dia quanto de noite. Isso é especialmente importante nos primeiros dias após o parto.

A Organização Mundial da Saúde recomenda:

  • contato pele a pele entre a mãe e o bebê imediatamente após o parto e início da amamentação dentro de uma hora depois dele;
  • amamentação exclusiva em livre demanda nos primeiros seis meses. Isso significa deixar o bebê mamar quantas vezes quiser e não lhe dar mais nada para comer ou beber, a menos que clinicamente necessário;
  • introdução de alimentos sólidos, seguros e nutricionalmente balanceados aos seis meses, juntamente com a amamentação contínua até os dois anos de idade ou mais. 

Com os medicamentos antirretrovirais, as mães portadoras do HIV podem amamentar seus bebês até pelo menos os 12 meses de idade, com um risco muito baixo de transmissão do vírus.

Alternativas

Se a mãe não puder amamentar ou tiver falecido, uma parente ou amiga pode amamentar o bebê. Qualquer mulher em idade fértil pode começar a amamentar ou aumentar sua produção de leite levando o bebê ao peito. Em muitas comunidades, há pessoas com experiência nisso que podem oferecer orientação.

Se a fórmula infantil for a única opção:

  • lave as mãos com água e sabão e certifique-se de que todos os utensílios de alimentação, como copos, estejam bem limpos;
  • use uma fórmula infantil que esteja dentro da validade e seja adequada para a idade do bebê;
  • siga as instruções da embalagem cuidadosamente;
  • use água potável fervida e deixe o leite esfriar até a temperatura corporal antes de alimentar a criança;
  • mantenha o recipiente bem fechado para evitar contaminação;
  • use um copo em vez de uma mamadeira, pois as mamadeiras e bicos são muito difíceis de limpar adequadamente;
  • prepare apenas a quantidade de fórmula de que você precisará para cada mamada e use-a dentro de uma hora.

Alimentação complementar

Por volta dos seis meses de idade, as necessidades de energia e nutrientes do bebê começam a exceder a energia e os nutrientes oferecidos pelo leite materno e, então, é preciso começar a ministrar alimentos complementares para atender a elas.

Princípios básicos:

  • Continue a amamentação em livre demanda frequente até os dois anos de idade ou mais.
  • A partir dos seis meses, ofereça pequenas quantidades de alimentos macios disponíveis no local, como purê de frutas e legumes, várias vezes ao dia.
  • Entre os seis e os nove meses de idade, aumente gradativamente a quantidade e a variedade dos alimentos, evitando sal, temperos ou ossos, que podem engasgar a criança.
  • Incentive delicadamente a criança a comer, mas não a force, e permita que ela comece a comer sozinha quando quiser.
  • Se a criança estiver doente, aumente a ingestão de líquidos, incluindo leite materno, e ofereça-lhe seus alimentos macios favoritos.
  • Ofereça bastante água potável para beber.
  • Lave as mãos com frequência e certifique-se de que todos os utensílios de alimentação estejam limpos.
  • Quando o bebê completar um ano de idade, ele poderá começar a comer a mesma comida que o resto da família, além da amamentação.

Leitura adicional

  • educationsaveslives.org
    Vídeoaulas sobre alimentação saudável, amamentação e outros temas. As aulas estão disponíveis gratuitamente em DVD ou on-line.
  • globalhealthmedia.org
    Vídeos que abordam vários tópicos de saúde e nutrição infantil.
  • ennonline.net (pesquise “cartões de aconselhamento”)
    informações práticas sobre alimentação infantil e outros temas.
  • Alimentação saudável – um guia Pilares
    Por Isabel Carter
    Ideias para ajudar a melhorar a nutrição familiar a um baixo custo

Escrito por

Escrito por  Astrid Klomp

Astrid Klomp é enfermeira-parteira e consultora de lactação, atualmente sediada no Líbano. Ela também trabalhou na Índia, em Bangladesh e no Sudão do Sul.

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